“Agentes filmados colaborando com invasores do Planalto eram do governo Bolsonaro, do GSI do general Heleno, que ainda não haviam sido substituídos. O general Gonçalves Dias sai, mas as investigações continuam. Não adianta vir com armação: Invasores, terroristas e golpistas eram todos da turma de Bolsonaro. Vão pagar por seus crimes”.
Sem citar o pedido de demissão de Gonçalves Dias, o governo federal publicou uma nota oficial, onde fala sobre o envolvimento de militares nos atos do dia 8 de janeiro.
“A violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio. As imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais”, diz um trecho do comunicado.
CPMI dos atos deve ser instalada no Congresso
Antes da confirmação do pedido de demissão, aliados do presidente Lula já avaliavam que a permanência de Gonçalves Dias no cargo iria fragilizar muito a posição do governo federal, que até esta quarta adotava uma postura de tentar evitar a instalação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso para investigar os atos criminosos de 8 de janeiro. As informações são da analista de política Renata Agostini.
Para a base do governo, a revelação das imagens tornou a instauração de uma CPMI praticamente inevitável.
Agora, o Palácio do Planalto e a cúpula do PT mudaram de estratégia: deixarão de pressionar pela retirada de assinaturas e vão aceitar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), no Congresso Nacional, para investigar os atos criminosos de 8 de janeiro.
(Com informações de Tainá Falcão e Renata Agostini)