Atualmente, a segurança presidencial é de responsabilidade da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República, coordenada pelo delegado da Polícia Federal Aleksander Oliveira. O órgão, no entanto, é provisório e será extinto na próxima sexta.
Nos bastidores, havia discussão sobre a mensagem que seria passada pelo presidente Lula, caso ele decidisse pela retirada da Polícia Federal da função. Além de Lula, desde a posse, a Polícia Federal também cuidava da segurança primeira-dama Janja Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e de sua esposa, Lu Alckmin.
Desde que a extinção da secretaria começou a ser discutida, a cúpula da PF tentava se articular através de conversas com ministros, como Flávio Dino, que poderiam influenciar na decisão do presidente. Mesmo que desgastado pelo 8 de janeiro, o GSI argumentava que a segurança presidencial é, por direito e historicamente, dos militares.
Competências do GSI
O Gabinete de Segurança Institucional cuida, atualmente, da segurança dos palácios do Planalto e da Alvorada. Antes, o órgão também tinha como competência a segurança pessoal e imediata do presidente e vice-presidente, mas no início do ano, o presidente Lula criou a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, comandada pela Polícia Federal, que assumiu essa atribuição. A secretaria deve funcionar até 30 de junho.
Hoje, a segurança presidencial é dividida em três partes: a imediata, comandada pela Polícia Federal, e as seguranças aproximada e afastada, como em eventos e viagens presidenciais, chefiada pelo Gabinete de Segurança Institucional.
Nas últimas semanas, o GSI e a Polícia Federal passaram a disputar a segurança presidencial de forma interna. Enquanto o órgão ministerial defendia que a segurança pessoal e imediata voltasse a ser responsabilidade do GSI, a PF pregava que a atribuição permanesse sob o seu guarda-chuva.