Polícia descarta que mulher usou pesticida para matar ex-sogro e mãe dele
por Gabriela Vinhal
A Polícia Civil de Goiás descartou, na terça-feira (26/12), a hipótese de que advogada Amanda Partata tenha usado pesticida para matar o ex-sogro e a mãe dele. No entanto, ainda mantém a tese de que foram envenenados. A informação é da Polícia Científica.
O que aconteceu
Os policiais ainda investigam qual substância teria sido usada para matar Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves. Segundo as investigações, a advogada teria cometido o crime após um término de namoro com o filho de Leonardo. Ela nega a autoria do crime.
A polícia testou os produtos que estavam na residência das vítimas para mais de 300 tipos de pesticidas. O caso começou a ser investigado após a morte de Leonardo.
Amanda foi presa no último dia 20/12. A esposa dele registrou um boletim de ocorrência dizendo que a ex-nora teria comprado doces e outros alimentos para um café da manhã com Leonardo e Luzia. A defesa dela pediu que ela respondesse às investigações em liberdade, mas o pedido foi negado pela Justiça.
Os advogados de Amanda contestam a prisão temporária dela. Eles alegam que a decisão discorre sobre os meios “pelos quais existiria algum tipo de risco para a integridade dos familiares das vítimas e testemunhas”.
Entenda o caso
A advogada é apontada pela Polícia Civil como a responsável por envenenar o ex-sogro, Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86. Ela teria se sentido rejeitada após o filho de Leonardo terminar a relação, que teria durado cerca de dois meses.
Acusada mantinha boa relação com a família do ex-namorado, porque ela alegava estar grávida. Contudo, o delegado que cuida do caso afirmou que ela “não está grávida há algum tempo”, embora diga que “ainda” está à espera do filho e “finja vômito por enjoo”.
A polícia investiga se em algum momento Amanda de fato esteve gestante do ex-namorado, porque há “indícios” de que os exames apresentados “foram falsificados”.
Amanda Partata deve ser indiciada por duplo homicídio qualificado, por motivo torpe, com a qualificadora de envenenamento. A polícia ainda averigua se ela será denunciada por tentativa de homicídio no caso do avô do ex-namorado, que estava no local, mas não ingeriu os alimentos que a acusada levou.