Presidente de federação árabe brasileira diz que “nunca se matou tantos palestinos” quanto no governo de Joe Biden e Kamala Harris

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Joe Biden e Kamala Harris

Presidente da Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil), Ualid Rabah diz ser justa a preocupação com o impacto da vitória do republicano Donald Trump, mas afirma que “nunca se matou tantos palestinos” quanto no governo do democrata Joe Biden e de sua vice Kamala Harris, derrotada na eleição.

“Algumas pessoas estão muito preocupadas com a vitória do Trump em relação à Palestina. Bem, é justa a preocupação? Claro que é. Mas é preciso dizer que este genocídio [os palestinos mortos na guerra com Israel] é democrata”, afirma Rabah.

Ele cita episódios do governo Barack Obama (2009-17) e a guerra de Israel contra o Hamas, iniciada em 7 de outubro de 2023. “Os democratas têm infinitamente mais sangue palestino nas mãos, infinitamente mais do que os republicanos”, afirma, ressaltando que isso não significa que tenha torcido por Trump ou por Kamala.

Rabah reconhece que o primeiro governo de Trump não foi positivo para os palestinos e lembra que o republicano reconheceu Jerusalém como capital de Israel.

“Biden se elegeu prometendo reverter isso e não reverteu. Ele fechou o escritório da OLP [Organização para a Libertação da Palestina] de Washington. Biden se elegeu prometendo que restauraria isso. Não o fez.”

Ele ressalta que, a priori, a vitória de Trump não é positiva para os palestinos. “Trump é o dono desse genocídio? Também não. Ele continuará mantendo esse genocídio? Vamos ver. Os Estados Unidos nunca deixaram de ser genocidas nos últimos 100 anos. Não sei se será diferente agora sob o republicano Donald Trump.”

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