Lula fez apelo para que medidas fiscais não sejam desidratadas, diz Haddad

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Ministro Fernando Haddad. Foto: Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo para que medidas fiscais em análise no Congresso Nacional não sejam desidratadas, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em entrevista a jornalistas após encontro com o presidente em São Paulo na segunda-feira (16), Haddad disse que as medidas propostas pelo governo garantem a robustez do arcabouço fiscal e precisam ser aprovadas para que o Orçamento do próximo ano seja fechado.

“Nós estamos muito convencidos de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos anos. Aliás, para a surpresa de alguns, nós não só não alteramos como vamos cumprir as metas de 2024.”

O chefe da Fazenda afirmou ainda que, se não fosse a derrubada do veto à desoneração da folha pelo Congresso e a continuidade do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), o governo teria superado o déficit fiscal neste ano.

Haddad disse ter detalhado ao presidente o estado da tramitação da reforma tributária, das medidas do pacote de corte de gastos e de reformas microeconômicas no Congresso. “Eu expliquei a ele todos os detalhes do que foi alterado para que ele pudesse julgar a conveniência de eventualmente orientar os líderes da base”, afirmou. Um dos assuntos discutidos com o presidente foi a manutenção de armas fora do Imposto Seletivo, segundo ele.

Lula teve alta do Hospital Sírio-Libanês no domingo (15) após ficar seis dias internado. Ele passou por uma cirurgia chamada trepanação, que consiste na remoção de um coágulo por meio de dreno colocado em um orifício aberto no crânio do paciente. Na quinta, passou por outro procedimento para interromper o fluxo de sangue em uma região de seu cérebro e, assim, impedir novos sangramentos.

As intervenções foram bem-sucedidas. Enquanto Lula está se tratando, as negociações do pacote fiscal estão sob cuidados dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Fernando Haddad e Jorge Messias (AGU).

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