Mãe de paraibano preso no Japão fala do alívio por ter localizado o filho: ‘Foi de um jeito que eu não queria que fosse’

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Cleide Claudino, mãe de Vitor Daniel — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

A notícia de que o brasileiro Vitor Daniel Araújo Claudino, de 22 anos, que era considerado desaparecido, foi encontrado preso no Japão trouxe um misto de sensações para Cleide Claudino, mãe do jovem. Ele é suspeito de tráfico internacional de drogas e está detido na cidade de Narita.

Vitor viajou para Tóquio, mas deixou de fazer contato com a família após uma escala no Catar. Na terça-feira (4), a Polícia Federal confirmou que ele estava preso em território japonês.

Família de Vitor Daniel Araújo Galdino, de 22 anos, denunciou o desaparecimento do jovem em 29 de janeiro — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Família de Vitor Daniel Araújo Galdino, de 22 anos, denunciou o desaparecimento do jovem em 29 de janeiro — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Cleide Claudino admitiu que era impossível não sentir alívio, ao saber que o filho estava vivo, mas ao mesmo tempo destacou que não conseguia ficar alegre.

“Eu não estou alegre. A gente encontrou ele, mas foi de um jeito que eu não queria que fosse”, desabafou Cleide Claudino.

Em seguida, ela agradeceu ao menos o fato do jovem estar vivo. Uma notícia que nem todas as mães na situação dela recebe.

“Tem que agradecer a Deus por ele estar com vida. Têm muitas mães em que o filho está perdido e não têm essa sorte que eu tive, de encontrá-lo vivo”, completou.

Não há informações sobre como a droga foi encontrada com o suspeito. A advogada Thaíse Guedes, contratada pela família de Vitor, acredita que ele foi usado como ‘mula’, que é quando traficantes usam pessoas para o transporte de drogas de um país para outro.

Vitor Daniel nasceu em Campina Grande, mas estava morando atualmente no Rio de Janeiro, onde trabalhava como gerente de um restaurante. Até que, pouco tempo antes da data, informou à família que seguia morando na Paraíba que viajaria para o Japão, a primeira que faria para fora do Brasil.

Júnior Claudino, irmão do suspeito, informou que foi tudo muito rápido e que nenhum detalhe sobre a viagem foi antecipado a eles. “Ele veio falar com nós da família na semana da viagem, dois dias antes. A única coisa que ele falou foi que ia viajar para o Japão, que ia pegar o voo no aeroporto de Guarulhos, com destino ao Catar, e depois Tóquio”, pontuou.

A viagem foi anunciada como sendo uma experiência de lazer e descanso. Mas, no fim, eles ficaram sabendo que Vitor Daniel estava preso. “Uma coisa que eu nunca imaginei que ia acontecer com a nossa família, aconteceu. O que eu peço é que os jovens fiquem atentos, para não caírem na mesma cilada que o meu irmão caiu”, completou.

Júnior Claudino, irmão do suspeito — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
Júnior Claudino, irmão do suspeito — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

O Ministério das Relações Exteriores confirmou que está acompanhando o caso e que a embaixada do Brasil no Japão está dando assistência ao brasileiro e à sua família. O último contato de Vitor Daniel com a família aconteceu em 24 de janeiro e no dia 29 a Polícia Federal foi oficialmente comunicada do desaparecimento. Já a localização dele numa sala de detenção do aeroporto de Narita foi confirmada na terça-feira (4).

A advogada Thaise Guedes disse que o objetivo principal agora é trazer Vitor para o Brasil. “As informações que nos foram passadas superficialmente até o momento é que ele vai passar por um julgamento lá, entretanto existe um tratado entre Brasil e Japão que permite que os brasileiros condenados lá possam cumprir pena no Brasil”, resumiu.

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