SBT desiste de contratar Rodrigo Bocardi por gravidade de denúncias contra apresentador

Rodrigo Bocardi em sua última edição no Jornal Nacional: apresentador chegou a faturar mais de R$ 500 mil por mês com media training para empresas aparecerem na Globo - Globo
O SBT decidiu encerrar na sexta-feira (7) as conversas que tinha com o apresentador Rodrigo Bocardi, demitido da Globo na semana passada. Com isso, Bocardi deve ficar afastado da televisão por mais um tempo.
Diretores da empresa ficam impressionados com o volume e a gravidade de denúncias que levaram o jornalista a ser dispensado do comando do Bom Dia São Paulo.
Por isso, optou-se por não seguir com a conversa. A ideia era que ele comandasse um telejornal na faixa da manhã, para alavancar o início da tarde da emissora da família Abravanel, que vive um problema de audiência. A informação foi dada inicialmente pelo jornalista Flávio Ricco.
Além das denúncias publicadas na imprensa, o SBT teria recebido informações de bastidores sobre o apresentador que condiziam com o que vem sendo falado pela imprensa. Tudo isso foi primordial para que a negociação não fosse concluída.
No SBT, inclusive, existe a interpretação que Rodrigo Bocardi não irá se realocar na televisão tão cedo. Executivos de outras TVs foram informados também sobre o caso.
Bocardi foi demitido da Globo no dia 30 de janeiro por ter infringido o código de ética da empresa e deixou a emissora por justa causa, sem direitos trabalhistas, como informou o site Notícias da TV.
Em investigação, o compliance da Globo concluiu que, em paralelo ao trabalho na emissora, Bocardi tinha uma empresa que prestava serviço para gestões públicas, incluindo prefeituras do estado de São Paulo, que ele noticiava diariamente no Bom Dia São Paulo.
O jornalista também prestaria serviços de media training, ou seja, preparava políticos e empresários para aparecerem na própria Globo. Entre eles, executivos do banco Bradesco. Essas práticas infringem as normas da emissora, que impõe a seus jornalistas um rígido código de ética.
O conjunto de regras é repassado a todos os profissionais que são contratados pela empresa desde 2015, quando foi criado o departamento de compliance.