Delator do PCC perde processo contra Record, Band e SBT cinco meses após sua morte

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Antônio Vinicius Lopes Gritzbach

Delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) assassinado em novembro de 2024 no aeroporto de Guarulhos, Antônio Vinicius Gritzbach perdeu uma ação que movia na Justiça contra Record, Band e SBT cinco meses após sua morte.

A coluna teve acesso aos autos da ação, que corriam na Justiça de São Paulo desde setembro do ano passado, dois meses antes do caso de sua execução. Os advogados de Gritzbach e as emissoras não comentam o caso.

Gritzbach relatava que havia sido tratado como condenado pela Justiça e que sofria perseguição de três programas policiais exibidos pelas redes de televisão, que tratam de assuntos policiais diariamente.

O então corretor de imóveis anexou imagens dos programas Cidade Alerta, da Record; Brasil Urgente, da Band; e Tá na Hora, do SBT. O empresário alegava que não tinha tido chance de se defender e que as reportagens exibidas sobre sua relação com a facção tinham imprecisões e inverdades.

Após sua morte, em 8 de novembro de 2024, o caso continuou judicialmente e foi julgado em fevereiro. A 6ª Câmara do Direito Privado do TJ-SP negou o pedido, alegando que as informações se provaram como uma verdade.

“As notícias juntadas pelo agravante ressaltam que ele foi investigado e sofre ação penal pela prática de crimes”, afirmou o desembargador Costa Netto, relator do caso.

Além da decisão contrária, a Justiça determinou o arquivamento da ação, já que Gritzbach não está mais vivo para recorrer da decisão.

Gritzbach era alvo de investigação por ligação ao PCC desde 2021. Ele teria rompido com a facção e teria mandado assassinar dois integrantes do grupo em 2021. Antes da sua morte, ele estava negociando um acordo de delação premiada com o Ministério Publico de São Paulo.

No dia 8 de novembro de 2024, Gritzbach foi baleado no terminal 2 do Aeroporto internacional de Guarulhos. O outras três pessoas também se feriram no ataque. Em investigações, a polícia apurou que um policial militar da ativa matou o delator.

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