Bolsonaro diz que dinheiro do Mais Médicos ia para Fidel Castro

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Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 2ª feira (18.abr.2022) que 80% dos salários dos profissionais cubanos do Mais Médicos ia para Fidel Castro. Além disso, comparou o trabalho no programa à escravidão e declarou que o líder cubano foi para um “lugar bastante quente” depois que morreu, em 2016.

“Esse era o programa no passado, o Mais Médicos, do PT. Um serviço que escravizava os nossos irmãos cubanos e não atendia a população. Não sabiam absolutamente nada de medicina. Nada. E a gente sabe, muitas vezes, as pessoas humildes é só você tratar bem a pessoa ela já fica satisfeita”, disse Bolsonaro.

Em evento para anunciar os primeiros contratados do Médicos pelo Brasil, anunciado em 2019 e sucessor do Mais Médicos, Bolsonaro disse que os médicos cubanos tinham que seguir ordens para manter os familiares seguros.

“Seus familiares ficavam em Cuba e se eles não cumprissem aquilo determinado os seus familiares lá sofriam. E o apoio do PT e lamentavelmente da base do governo foi praticamente unânime para que ficassem aqui como se escravos fossem”, disse.

Primeiras contratações

O governo Bolsonaro lançou o programa Médicos pelo Brasil em agosto de 2019. Depois de 991 dias desde o anúncio, o Planalto anunciou os primeiros médicos contratados.

Segundo o Ministério da Saúde, são 529 profissionais espalhados por todos os Estados e Distrito Federal. A expectativa é a de que 1.700 sejam convocados até o fim de abril.

A saúde afirmou que o 1º concurso teve 16.357 inscritos e 8.518 selecionados. O resultado do certame foi homologado em 5 de abril.

Entre as mudanças anunciadas está a remuneração dos profissionais, que contarão com plano de carreira e adicionais aos salários conforme a distância da localidade que forem atuar. Os salários podem chegar, segundo o ministério, a R$ 24.000.

O programa substitui o Mais Médicos, lançado em 2013, no governo de Dilma Rousseff (PT), que buscava aumentar o número de profissionais de saúde, especialmente no interior brasileiro e abrigava médicos de diversos países, incluindo Cuba.

Os profissionais do Mais Médicos poderiam terminar seus contratos. Os 2 programas existiriam ao mesmo tempo até a finalização dos contratos vigentes.

Em novembro de 2018, depois de críticas feitas por Bolsonaro, Cuba deixou o programa fazendo com que mais de 8.000 médicos cubanos retornassem ao país caribenho.

Em julho de 2019, o governo publicou uma portaria que permitia aos cubanos que vieram ao Brasil para integrar o Mais Médicos pedir autorização para morar no país.

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