Articulação dos Povos Indígenas lança 30 candidaturas ao Legislativo

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Foto: Igo Estrela

Por Maria Eduarda Portela

Pela primeira vez na história eleitoral brasileira, articulação tenta eleger uma bancada totalmente indígena. Na segunda-feira (29/8), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) lançou 30 candidaturas de movimentos de povos originários em 20 estados do país. Os postulantes vão disputar vagas nos legislativos federal e estaduais.

Os candidatos serão apoiados pela Campanha Indígena 2022, da Apib. Segundo a organização, o movimento tem como objetivo a “formação, articulação e construção de estratégias de luta política para ocupação de espaços de decisão e representatividade na sociedade brasileira por lideranças indígenas”.

Dentre os postulantes, 12 irão concorrer a vagas de deputado federal e 18 a cadeiras em Assembleias Legislativas em 20 estados.

Segundo a Apib, a maioria dos candidatos são de estados que fazem parte da Amazônia Legal.

Além da participação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) indicou duas candidaturas nas duas esferas de disputa proporcional.

Junto da Coiab, integram a articulação para eleição dos indíginas o Conselho do Povo Terena, a Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME), Grande Assembléia do povo Guarani (ATY GUASU), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (ARPINSUDESTE) e a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpin Sul).

“Entendemos a Campanha Indígena como um programa mais estruturante, onde a bancada de candidaturas apresentada integra parte do nosso projeto de fortalecimento de participação política por meio da disputa eleitoral”, afirma um dos coordenadores executivos da Apib DinamanTuxá.

Eleições 2022

O número de candidaturas indígenas nas eleições de 2022 bateu recorde. São 175 postulantes a vagas no Executivo e Legislativo, nas esferas federal e estadual, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A autodeclaração racial do candidato iniciou em 2014 e desde então o número de candidatos indígenas vem aumentando.

Durante o processo eleitoral de 2014, foram 84 candidatos que se autodeclaram indígenas. Já em 2018, esse número subiu para 134.

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