A situação da política externa, com duas guerras em que os EUA têm lutado para demonstrar protagonismo, também não o ajuda, assim como a crise migratória.
A decepção com os rumos do país faz, naturalmente, com que muitos procurem a oposição. E, nesse momento, o favorito para representar os republicanos acumula 91 acusações criminais dos processos em que é réu.
Apesar disso, segue firme na liderança entre os pré-candidatos – tão firme, que se recusou a participar dos três debates do partido até agora, alegando que o público já o conhece.
A um ano da eleição, ainda há tempo para redefinição de estratégias e surpresas ao longo do caminho.
O desempenho de Biden nas primárias de 2019 é prova disso: sua pré-candidatura para representar os democratas só ganhou força depois da votação na Carolina do Sul, no final de fevereiro. Antes, muitos preferiam apostar em Bernie Sanders ou em Pete Buttigieg para concorrer contra Trump.
Mas o cenário inédito no país, com um ex-presidente acusado criminalmente em busca do segundo mandato e um atual governo com índices de aprovação historicamente baixos, já fez com que a imprensa americana apelidasse o provável segundo duelo entre Trump e Biden de “a eleição que ninguém quer”.