Bolsonaro teria se encontrado com embaixador de Israel, Daniel Zonshine, na quarta-feira passada (8), no Congresso Nacional. O chanceler foi questionado sobre possível “mal-estar” entre o governo Lula e o embaixador.
“Não conheço”, se limitou a dizer.
A assessoria do ex-presidente disse que Bolsonaro e o embaixador não se encontraram a sós e que não trataram de questões políticas envolvendo posições do governo brasileiro sobre o conflito.
O ex-presidente diz também que conversou com Yossi Shelley, um dos assessores do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e que pediu apoio ao governo de Israel a liberação de brasileiros.
Saída “exitosa” dos brasileiros em Gaza
Ainda em entrevista coletiva ontem (12), o ministro de Relações Exteriores disse que a operação de retirada dos brasileiros da Faixa de Gaza hoje teve “conclusão exitosa”.
Os brasileiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza conseguiram cruzar a fronteira com o Egito e deixar o território palestino na manhã deste domingo.
Das 34 pessoas que pediram ao governo brasileiros para serem repatriadas – 24 brasileiros e 10 familiares palestinos próximos –, contempladas com autorização para sair de Gaza em lista divulgada na última quinta-feira (9), 32 atravessaram a passagem fronteiriça de Rafah pela primeira vez desde o início do conflito.
“Todo mundo quer ser pai da vitória”, disse Frederico Meyer, embaixador do Brasil em Israel, em entrevista à CNN ontem (12), ao ser questionado sobre eventual participação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Conhece aquela frase: ‘A vitória tem vários pais, mas a derrota é órfã’? O que posso dizer é que nosso trabalho para liberar essas pessoas não aconteceu em uma tarde. Estávamos há quatro semanas trabalhando”, disse o embaixador.
*Texto de Danilo Moliterno