Agropecuarista Carlos Fávaro tem “conversas avançadas” para ser ministro de Lula na Agricultura
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Carlos Fávaro (PSD-MT). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Por Victor Fuzeira
O agropecuarista e senador Carlos Fávaro (PSD-MT) desponta como favorito do presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para o comando do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Interlocutores do parlamentar confirmaram que o congressista está em “conversas avançadas” para assumir o comando da pasta no próximo governo. Hoje, ele integra o Gabinete da Transição.
Recentemente, o vice-presidente eleito da República, Geraldo Alckmin (PSB), referiu-se a Fávaro como “um grande nome” para ocupar o Mapa. “Mas não temos nenhuma decisão”, enfatizou ao ser questionado por jornalistas sobre a possibilidade.
Hoje, Fávaro disputa o controle do ministério com o deputado federal Neri Geller (PP-MT), que também faz parte da equipe de transição do governo. Empresário, integrante da bancada ruralista na Câmara dos Deputados e ex-ministro da Agricultura, Geller foi um dos principais interlocutores de Lula na área de agronegócio durante a campanha eleitoral.
Pesa a favor do senador, porém, a filiação ao PSD, de Gilberto Kassab, que, recentemente, reivindicou o controle de dois ministérios.
Em troca, o PSD integraria a base aliada do novo governo no Congresso Nacional, algo que o PP de Geller ainda reluta em fazer – o partido esteve com Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha pela reeleição do presidente.
Um terceiro nome ventilado foi o da senadora Simone Tebet (MDB-MS). Apesar da ligação dela com o agronegócio, a parlamentar externou preferência pela titularidade da Cidadania. Atualmente, a emedebista atua na coordenação da área de desenvolvimento social.
Perfil do cotado
Antes de exercer cargo eletivo, Fávaro atua como agropecuarista e chegou a presidir a Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil) e a Cooperativa Agroindustrial dos Produtores de Lucas do Rio Verde (Cooperbio Verde).
O senador também foi delegado da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso e vice-governador de Mato Grosso, cargo que renunciou para concorrer a senador, em 2018.