Após trabalhador ficar ferido, Cerest suspende atividades de manutenção em elevador de shopping, em João Pessoa

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Cabeça do trabalhador ficou presa entre a estrutura do guarda-corpo (lado esquerdo) e a barra (lado direito) — Foto: Cerest-JP/Divulgação

As atividades de manutenção do elevador de um shopping, em João Pessoa, foram suspensas, na manhã desta sexta-feira (3), pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest-JP). O órgão esteve no local para fiscalizar as condições de segurança do sistema de trabalho ao qual foi submetido o trabalhador que ficou ferido após um acidente durante o exercício.

De acordo com Kleber José, diretor do Cerest (órgão da Secretaria de Saúde de João Pessoa), foi solicitado à Engeltech, empresa terceirizada que contratou o trabalhador:

  • O Plano de Gerenciamento de Risco;
  • O Certificado dos Trabalhadores com base na NR-35;
  • A Cópia da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) do trabalhador que sofreu o acidente;
  • A Cópia da Carteira de Trabalho do trabalhador;
  • A Cópia do Contrato de Manutenção com a empresa onde ocorreu o acidente.

Objetivo, segundo o órgão, é identificar os risco previstos na atividade e sinalizar quais as medidas de prevenção que devem ser adotadas para mitigar, diminuir ou eliminar os riscos de acidentes de trabalho.

Além disso, os documentos solicitados são comprovações que possibilitam um melhor entendimento sobre as condições em que o trabalho se desenvolve, como vínculo de trabalho, se o trabalhador tem capacitação na área, entre outros.

O g1 tentou um novo contato com o advogado da Engeltech, Thiago Sebadelhe, por telefone e por mensagens, mas não teve retorno até a publicação desta matéria.

O erro não foi do trabalhador

Nesta quinta-feira (2), dia do acidente, o advogado da empresa Engeltech informou ao g1 que o acidente sofrido pelo trabalhador não teve qualquer vinculação com falha técnica do elevador, e que durante o manuseio da cabina do elevador, o funcionário projetou seu corpo para a área externa da cabina de proteção, o que ocasionou a eventualidade.

No entanto, segundo o Cerest, existe uma condição insegura em toda e qualquer organização do processo de trabalho, que favorece a ocorrência de acidentes.

“Jamais podemos partir do pressuposto de ato inseguro, pois está perspectiva culpabiliza o trabalhador. Cabe ao empregador gerenciar os riscos a fim de garantir a proteção e a integridade física do trabalhador”, disse Kleber José.

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