Área de Mata Atlântica onde ficava antiga comunidade Dubai está sendo recuperada, em João Pessoa

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Comunidade Dubai, em João Pessoa, antes da desocupação — Foto: Rivanildo Costa/Arquivo

A área onde ficava a antiga comunidade Dubai, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, ficava em uma área de Mata Atlântica com cerca de 147.783,80 metros quadrados (m²). Mais de um ano depois de uma desocupação polêmica feita pela Prefeitura de João Pessoa, o local foi cercado e um levantamento da composição arbórea foi feito, comprovando que a natureza dali já está se recuperando.

Já as 416 famílias que foram desocupadas aguardam a construção de um conjunto habitacional em Gramame.

Segundo a prefeitura, essas pessoas continuam recebendo o auxílio-moradia, conseguido através de parceria com o Governo do Estado, até a construção do conjunto habitacional com 416 apartamentos e uma escola a cerca de 600 m. O processo de licitação está aberto e a previsão é que as residências sejam entregues no final de 2023.

Cerca de 800 pessoas foram desabrigadas na operação dentro comunidade Dubai. O local ficava em uma área de preservação ambiental, com 15 hectares da Mata Atlântica remanescente do país.

Conforme a Polícia Militar, para construir essas moradias irregulares, as pessoas devastaram grande parte da mata, com a derrubada de árvores e queimadas, cometendo assim crime ambiental e extinguindo diversas espécies da flora e fauna.

Comunidade ‘Dubai’, em João Pessoa, foi desocupada após decisão judicial — Foto: Polícia Militar/Divulgação
Comunidade ‘Dubai’, em João Pessoa, foi desocupada após decisão judicial — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Quando a operação foi feita as famílias foram alocadas para o Centro Profissionalizante Deputado Antônio Cabral (CPDAC) e outras foram divididas entre as escolas estaduais João Gadelha e Índio Piragibe. As últimas três pessoas da comunidade saíram dos abrigos cerca de dois meses depois da desocupação.

Sobre o terreno da antiga Dubai, a prefeitura explica que técnicos das diretorias de controle ambiental, de administração e finanças, assessoria jurídica, divisão de vistoria e análise e divisão de estudos verificaram que já há uma recomposição natural da vegetação original da área.

No local foi feito um cerceamento do perímetro da área de mata e várias intervenções serão feitas, como a limpeza do perímetro da área. Essa limpeza tem o propósito de promover mais segurança, além de preservar os extratos arbóreos e arbustivos.

Diversas outras ações serão feitas, como limpeza, com apoio da autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (EMLUR), calçamento e futuras instalações de academia, com apoio da Secretaria de Infraestrutura (SEINFRA), bem como atividades de educação ambiental, em parceria com organizações não-governamentais e população que mora no entorno.

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