Assassino confesso de travesti diz que era para ser só um “corretivo”

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Hevelyn Montine Santos, de 30 anos, foi assassinada por morador que afirma ter ficado revoltado com seu comportamento

Foto: Reprodução/Instagram

Um homem, que não teve a identidade divulgada, procurou a delegacia de Rio Verde, na região Sudoeste de Goiás, para revelar que assassinou a tiros a transexual Hevelyn Montine Santos, de 30 anos. Ele alega que queria dar só um “corretivo”, espancando a vítima, mas que a teria matado por legítima defesa.

Hevelyn foi encontrada morta no dia 4 de setembro e o autor confessou o crime na tarde desta segunda-feira (13/9). O homem responde ao crime em liberdade.

De acordo com o delegado Adelson Candeo, o autor disse que estava passando pelo local onde Hevelyn fazia programas sexuais, quando seu filho, menor de 12 anos, teria visto ela com os órgãos sexuais expostos. A criança teria questionado familiares sobre o que viu.

Espancada e morta

A situação teria revoltado o pai, que decidiu, em suas palavras, dar um “corretivo” na transexual. Ele então teria fingido que ia fazer um programa com a vítima e começou a espancá-la em um matagal, próximo à rodovia BR-174, em Rio Verde.

Ainda segundo o delegado, o homem afirma que Hevelyn teria reagido e ambos teriam entrado em luta corporal. Neste momento, de acordo com o autor, a vítima teria tentado se defender com uma arma branca. O suspeito então a matou com três tiros.

O corpo de Hevelyn foi encontrado apenas com roupas íntimas e três marcas de tiros. Ela nasceu em Santa Helena de Goiás e morava em Rio Verde. As duas cidades são vizinhas.

Revolta na internet

Familiares e amigos de Hevelyn se revoltaram com a sua morte e usam as redes sociais para pedir Justiça, desde o dia em que o corpo foi encontrado.

“Queremos justiça, tem que pagar pelo o que fez. Já levou ela com intenção de matar”, escreveu um familiar da vítima no Instagram.

O homem que confessou o crime entregou a arma usada no homicídio e objetos da vítima para a polícia. De acordo com o delegado, ele não tem antecedentes criminais e responde em liberdade.

No final ou mesmo ao longo da investigação, ele poderá ser preso preventivamente, segundo a Polícia Civil. O crime é apurado pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Rio Verde.

Folha de Sao Paulo

Mary Simon

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