Ato nacional pela prisão de Bolsonaro é marcado para 10 de dezembro
Movimentos sociais de esquerda planejam para 10 de dezembro um ato nacional pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indiciado pela Polícia Federal no inquérito que apurou uma tentativa de golpe para mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022.
O movimento é organizado por lideranças que compõem frentes como a Povo sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades, entre elas CUT (Central Única dos Trabalhadores, MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), UNE (União Nacional dos Estudantes) e CMP (Central de Movimentos Populares), e que encabeçaram a campanha “Fora, Bolsonaro” durante os anos do governo do ex-presidente.
A data de 10 de dezembro foi escolhida por ser o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Os locais dos atos em cada cidade serão discutidos nas próximas semanas.
“Nosso desafio é aumentar o isolamento do Bolsonaro na sociedade e colocar o bolsonarismo na defensiva. Mas isso não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona”, afirma Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares.
Ele acrescenta que os movimentos pretendem ampliar a mobilização para além da esquerda e alcançar “todos os segmentos que defendem a democracia.
Após a conclusão do inquérito na quinta-feira (21), a Polícia Federal indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo o general da reserva Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice em 2022 na chapa derrotada. Militares são maioria entre os suspeitos —25 no total.
O caso seguiu para análise do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que deverá encaminhá-lo para a PGR (Procuradoria-Geral da República).