Autópsia indica que quatro vítimas de naufrágio de iate de bilionário morreram sufocadas em ‘bolha de ar’
As primeiras análises dos corpos de quatro das sete vítimas do naufrágio do iate de luxo do bilionário Mike Lynch, no sul da Itália, apontam que elas morreram sufocadas, e não afogadas, depois que o oxigênio acabou dentro da embarcação depois de ela ir a pique.
As autópsias dos restos mortais dos casais Jonathan e Judith Bloomer e Chris e Neda Morvillo indicam que eles estavam presos em uma “bolha de ar” no iate Bayesian.
Jonathan era um executivo da Morgan Stanley International, enquanto Chris Morvillo era advogado de Lynch. Eles comemoravam, durante a viagem, a absolvição do bilionário em um caso de fraude no Reino Unido.
Além dos dois casais, morreram no naufrágio Mike Lynch, sua filha, Hannah, e o chef de cozinha Recaldo Thomas, que fazia parte da tripulação.
O naufrágio ocorreu no último dia 19 de agosto em Palermo, na capital da Sicília.
Após o navio afundar, 15 pessoas foram resgatadas com vida. Entre elas estavam a esposa de Lynch, uma das convidadas com sua bebê de 1 ano e seu marido e nove membros da tripulação. O iate afundou cerca de 50 metros abaixo da superfície, o que dificultou o trabalho das equipes de resgate.
O naufrágio
A passagem de um tornado incomum no mar Mediterrâneo fez com que o iate virasse.
“O vento estava muito forte. O mau tempo era esperado, mas não nessa magnitude”, disse um oficial da Guarda Costeira em Palermo à agência de notícias Reuters.
Por causa do horário, a maioria dos passageiros estava dormindo nas cabines do iate. Uma das sobreviventes contou que acordou com a água dentro da embarcação e foi para o convés.
A ocorrência de tornados no Mar Mediterrâneo é um fenômeno raro. Entretanto, no último mês de agosto, tempestades e chuvas pesadas atingiram várias regiões da Itália, causando inundações e deslizamentos de terra.