Bebê recebe transfusão de sangue antes do nascimento devido a gravidez de risco, em João Pessoa

0
image (12)

Joelma da Silva, mãe do bebê que precisou receber transfusão de sangue antes de nascer — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

Um bebê precisou receber uma transfusão de sangue antes de nascer devido a um quadro de anemia fetal causado pelo Fator Rh sanguíneo negativo causado pela diferença do sangue da mãe e do pai. O procedimento aconteceu no Instituto Cândida Vargas, em João Pessoa, onde a mãe do bebê estava internada.

Joana da Silva, que tinha uma gestação de risco, tinha o tipo sanguíneo A-, enquanto que sua filha, a bebê Ester, tinha sangue do tipo A+. De acordo com a obstetra Camila Medeiros, responsável pelo acompanhamento de Joana, o Rh diferente entre mãe e filha causou uma sensibilização em Joana durante o pré-natal.

A complicação foi provocada pelos anticorpos maternos, que começaram a afetar o bebê e evoluíram para um quadro de anemia fetal. A hematologista Tamires Baptista explica que o Rh fazia com que os anticorpos da mãe destruíssem as hemácias do bebê, o que causou a anemia.

Transfusão de sangue do bebê

Para evitar maiores riscos à gestação causados pela anemia do bebê, uma transfusão de sangue com o feto ainda dentro do útero da mãe precisou ser realizada.

Pais da bebê Ester, que precisou passar por transfusão de sangue antes do nascimento — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
Pais da bebê Ester, que precisou passar por transfusão de sangue antes do nascimento — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

“A gente pegou uma bolsa compatível com o sangue da mãe, porque por mais que fosse uma transfusão para o bebê, esse sangue ia circular dentro do organismo materno, então a gente não podia ter uma reação de incompatibilidade”, explica Tamires Baptista, hematologista.

De acordo com a profissional, a transfusão foi realizada através de uma punção na barriga da mãe do bebê, que recebeu anestesia local. Em seguida, com auxílio do aparelho de ultrassom, um cateter foi introduzido para encontrar o cordão umbilical da criança, por onde a transfusão de sangue foi feita.

Apesar da transfusão ter sido um sucesso, o parto do bebê ainda precisou ser adiantado para evitar o retorno da anemia fetal e impedir o progresso da condição de diabetes gestacional que Joana começou a apresentar. Ester, nome com o qual a bebê foi batizada, nasceu três semanas antes de completar nove meses.

Com o coração repleto de gratidão pelo procedimento ter sido bem sucedido, Joana conta que sua filha chegou no momento em que ela mais precisava.

“Eu sinto que Deus me deu um milagre, colocou um milagre nas minhas mãos. Minha Ester”, disse Joana, mãe da bebê, emocionada.

About Author

Compartilhar

Deixe um comentário...