Bolsonaro chama eleições de “guerra de outubro”
Presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou nesta 6ª feira (1º.abr.2022) as eleições de 2022, em que deve disputar à reeleição, de “guerra de outubro”. Deu a declaração na cerimônia de transmissão de cargo do novo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. O general substituirá Walter Braga Netto, cotado para ser vice na chapa de Bolsonaro e nomeado assessor especial da Presidência.
“O meu colega de turma, um ano mais moderno, se afasta nesse momento, não é surpresa com quais objetivos. Alguns falam em nomes que podem facilitar a guerra de outubro, mas ficará longe da governabilidade e da garantia de um bem maior para todos nós”, disse o presidente.
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O chefe do Executivo não mencionou diretamente o nome de Braga Netto, que assumiu o novo cargo no Planalto para poder se descompatibilizar da função mais tarde do que se estivesse como ministro. O 1º turno das eleições está marcado para 2 de outubro.
Na cerimônia, Bolsonaro afirmou que o interesse de todos é seguir a Constituição e repetiu que é preciso fazer quem não cumpre a lei voltar a jogar “dentro das 4 linhas”.
“O que a todos aqui interessa é o cumprimento da Constituição. Não é apenas jogar dentro das 4 linhas, [é] se preciso for fazer com que quem esteja fora delas venha para dentro desse campo. É nesse campo que nós podemos garantir a nossa democracia e a nossa liberdade”, disse.
Bolsonaro também voltou a dizer que as Forças Armadas são o último “estágio” para evitar o socialismo no país. Em tom de pré-campanha, disse que o “exemplo” do governo fará com que a população esteja do seu “lado”.
“A escolha de técnicos passa especificamente por aqui. É o nosso exemplo, é o nosso sacrifício, é o exemplo de cada um de nós no dia a dia que fará com que um exército de 210 milhões de pessoas estejam ao nosso lado”, disse. O evento de passagem de comando do ministério foi fechado à imprensa.
O presidente também voltou a falar, sem entrar em detalhes, sobre integrantes dos 3 poderes que “podem bastante e querem fazer valer a sua vontade acima das leis”. Na 5ª feira (31.mar), Bolsonaro subiu o tom contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
“Quem já passou por aqui, pelo Planalto, sabe como funciona a máquina do poder, conhece cada um da cúpula de cada um dos três poderes e sabe que poucos que podem bastante e querem fazer valer a sua vontade acima das leis têm que saber que eles não podem tudo. O que está em jogo para todos nós aqui presentes é algo mais valioso que a nossa própria vida, que é a nossa liberdade”, declarou.
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