Bolsonaro critica “sindicatos favoráveis a demissões” de não vacinados

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apontou nesta quinta-feira (4/11) o “absurdo” de sindicatos de trabalhadores serem “favoráveis a demissões” de não vacinados e que espera “sucesso” da portaria publicada pelo Ministério do Trabalho e Previdência que proíbe a demissão ou a não contratação de funcionários que se recusam a se vacinar contra a Covid-19.

Durante sua transmissão semanal e ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo federal deu a entender que sindicatos são ligados a movimentos de “esquerda”.

“Olha uma coisa aqui. Uma notícia aqui que é estarrecedora, né? Sindicatos – você lembra CUT, lembra o pessoal ligado ao PT… Sindicatos dizem que governo não pode impedir demissão de não-vacinados. Até que enfim eles estão dizendo, olha só que absurdo, sindicatos favoráveis a demissões”, disse o presidente.

“Eu espero que a portaria lá do ministério do Onyx Lorenzoni tenha sucesso. Para variar, já foi judicializada. Já está no Supremo [Tribunal Federal] aqui. Partidos de esquerda pedindo que essa portaria deixe de existir”, declarou Bolsonaro, se referindo a uma ação protocolada na Corte pelo partido Rede Sustentabilidade contra a medida do governo.

O que diz a portaria

A portaria, assinada pelo ministro Onyx Lorenzoni, foi editada na última segunda-feira (1º/11). Na medida, o governo considerou “discriminatória” a exigência da comprovação de imunização, chamado popularmente de passaporte da vacina, em processos seletivos e contratações.

“Considera-se prática discriminatória a obrigatoriedade de certificado de vacinação em processos seletivos de admissão de trabalhadores, assim como a demissão por justa causa de empregado em razão da não apresentação de certificado de vacinação”, diz trecho do documento.

“A não apresentação de cartão de vacinação contra qualquer enfermidade não está inscrita como motivo de justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador”, continua o texto.

Bolsonaro é contra comprovação da vacinação

O presidente Jair Bolsonaro é um crítico assíduo da exigência de comprovação da vacinação. Em mais de uma ocasião o chefe do Executivo reclamou da regra.

Na abertura da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, por exemplo, ele afirmou que o governo brasileiro está investindo na imunização, mas que não se pode obrigar a população a tomar a vacina.

“Apoiamos a vacinação, contudo, o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada à vacina”, disse na ocasião.

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