O Brasil na presidência do G20 organizará dezenas de reuniões ministeriais envolvendo os mais diversos temas, que incluem desde macroeconomia, finanças, agricultura, energia, meio ambiente, transformação digital, comércio, investimentos, até indústria e saúde.
Segundo o ministro da Fazenda, é muito “saudável” a participação do Brasil na reunião na Índia após o país ter ficado “isolado” nos últimos anos. Ele, contudo, não citou nominalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Em minha primeira reunião do G20, eu vou apresentar as credenciais e os planos do governo Lula para a integração da nossa economia com a economia mundial. Nossa economia foi muito isolada. Acho que o mundo está celebrando o fato de que o Brasil voltou à mesa de negociação em busca de democracia, paz, combate à fome e prosperidade com justiça social”, falou.
Haddad disse que o Brasil “estava isolado dos Estados Unidos, da Europa, da Ásia e até da América do Sul”.
Reunião com Campos Neto
No centro de uma crise com o Banco Central, em razão das taxas de juros, o ministro se reuniu na quinta-feira (16/2), ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet, com o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e com o Conselho Monetário Nacional (CMN).
O CMN é um conselho com poder deliberativo sobre o sistema financeiro brasileiro, responsável por definir normas e diretrizes gerais para o seu bom funcionamento. O órgão tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito no país. As reuniões do CMN acontecem uma vez por mês.
A respeito da reunião, Haddad disse que houve boa aproximação. “Primeira boa aproximação com a presença da Simone, tivemos um longo papo de duas horas”, Questionado se debateram a meta da inflação no encontro, o titular da Fazenda respondeu: “Conversamos sobre alinhar a política fiscal e monetária”.