Bueno Aires tem prisão prorrogada e segue preso devido a investigação de abuso sexual infantil

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Penitenciária Regional Padrão de Campina Grande, na Paraíba — Foto: Secom-PB

O empresário Bueno Aires, sócio da Fiji Solutions, teve a prisão temporária prorrogada devido à investigação de crimes relacionados com abuso sexual infantil. A Vara da Infância e Juventude de Campina Grande concedeu a prorrogação da prisão, atendendo pedido da Delegacia de Crimes Cibernéticos (DECC), entendendo como medida necessária para a continuidade das investigações.

Segundo o delegado João Ricardo, a prorrogação foi de 30 dias a partir da próxima sexta-feira (14 de julho). Bueno Aires continuará preso na Penitenciária Regional Padrão de Campina Grande, o Serrotão.

O empresário foi preso no dia 14 de junho, no Rio de Janeiro, onde foi capturado pela Polícia Civil carioca. O trabalho teve a participação também da Polícia Rodoviária Federal e do Gaeco.

Após 15 dias preso no Rio de Janeiro, o empresário chegou na noite de 29 de junho no Aeroporto Internacional Castro Pinto, em João Pessoa, e foi escoltado ao presídio de Campina Grande por policiais federais.

O delegado João Ricardo, da Delegacia de Crimes Cibernéticos, não confirma a autoria do preso sobre os crimes relacionados a abuso sexual. Ele destacou que foram encontradas nos dispositivos eletrônicos (computadores e celulares) do suspeito imagens de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito.

Ele revelou ainda que algumas dessas fotos indicariam uma possível produção, isto é, alguém que teria produzido as fotos e não simplesmente baixado já prontas da internet.

“Não dá para afirmar que foi ele quem fez essas fotos, mas dá para afirmar que ele possuía essas fotos em seus dispositivos eletrônicos. Então há uma grande chance de se por acaso ele não praticou esse crime, saber quem praticou”, explicou.

Suspeito de crimes contra o sistema financeiro

O empresário Bueno Aires, preso por suspeita de envolvimento em crimes relacionados a abuso sexual, tem outros problemas a tratar com a justiça.

Em abril deste ano, a 2ª Vara Cível de Campina Grande, atendendo a pedido do Ministério Público da Paraíba, bloqueou R$ 399 milhões da Fiji Solutions. A justiça tinha mandado também apreender as CNH e os passaportes dos envolvidos para evitar que eles fugissem do país.

Bueno Aires e mais dois sócios são suspeitos de aplicar golpes milionários em clientes que firmaram com a empresa contratos de criptomoedas.

A Fiji Solutions também foi alvo, em 15 de junho, de operação da Polícia Federal que apura suspeita de crimes contra o sistema financeiro. Na ocasião, três pessoas foram presas e oito mandados de busca e operação foram cumpridos.

Operação contra a Fiji Solutions e a Softbank aconteceu em Campina Grande e em Gurjão, na PB — Foto: Divulgação/Polícia Federal
Operação contra a Fiji Solutions e a Softbank aconteceu em Campina Grande e em Gurjão, na PB — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Os presos na operação foram Breno de Vasconcelos Azevedo, Bueno Aires e Emilene Marília Lima do Nascimento. Breno recebeu habeas corpus e teve a prisão convertida em medida cautelar. Emilene segue em prisão domiciliar.

Segundo a PF, nos últimos três anos, os investigados movimentaram cerca de R$ 600 milhões em criptoativos.

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