Foto: Cães Online

Uma simpática chihuahua de apenas nove meses, foi visitar a avó da tutora e parece ter ficado encantada com um objeto até então inédito: uma dentadura. Luna, a cachorrinha, mora em Ponta Grossa (região dos Campos Gerais, no Paraná), e foi visitar a idosa.

A cachorra viajou com a família para Juiz de Fora (MG) e resolveu “fazer arte” numa ocasião em que foi deixada sozinha com a avó e outro parente – para ele, quase um desconhecido. A idosa acreditou estar ficando senil, porque não conseguia encontrar a dentadura.

cachorra deitada
Luna é uma filhote dócil e comportada. Foto: Cães Online
cachorra com dentadura
A pequena aprontou todas na casa da vovó. Foto: Cães Online
cachorra sorrindo
O sorriso sem a dentadura é um tanto menor. Foto: Cães Online

Luna e a dentadura

Durante a estadia em Juiz de Fora, a estudante de Pedagogia Anna Carolina Lima, tutora de Luna, foi fazer um passeio com os pais e deixou a chihuahua sob os cuidados da avó. Até aí, nada demais.

Mais tarde, quando Anna retornou para a casa da avó com os pais, encontrou a idosa desconcertada e desorientada: ela acreditava ter perdido a dentadura e não fazia ideia de onde poderia ter deixado a prótese.

A idosa estava seguindo a rotina normal. Logo depois do almoço, ela se deitou para tirar uma soneca e, como sempre fazia, tirou a dentadura, colocando-a embaixo do travesseiro, dentro da fronha, para não perdê-la.

Ao acordar, a idosa não encontrou a prótese. Ela revirou toda a cama, sacudiu a fronha, espiou embaixo do colchão para ver se a dentadura havia caído no chão – e nada. Pensou que talvez tivesse deixado no banheiro (como não era seu hábito), mas a dentadura não estava lá. Não havia outro lugar em que ela pudesse procurar.

Nesse ínterim, Anna voltou com os pais. Quando tomaram conhecimento do ocorrido – e a avó estava realmente perturbada com a situação – a tutora logo desconfiou que o caso poderia ter o dedinho – ou os dentinhos – de Luna.

O sexto sentido de Anna funcionou perfeitamente. Para desvendar o “enigma da dentadura”, a tutora só precisou descobrir onde a chihuahua estava. A cachorrinha estava deitada tranquilamente no quarto da idosa, ainda tentando decifrar os segredos da prótese.

A chihuahua, é preciso dizer, é uma cachorra muito comportada. Ela não costuma fazer bagunça, a não ser quando fica sozinha. Mas ela tinha gostado muito da avó e parecia não ter se importado quando Anna saiu de casa.

Mas, como toda boa mãe, Anna percebeu que aquilo poderia ser uma travessura de Luna. A jovem estudante decidiu investigar o caso e logo encontrou a dentadura. A chihuahua deve ter sentido algum cheiro estranho e resolveu seguir o rastro, “roubando” a dentadura escondida embaixo do travesseiro.

Não estamos dizendo que os hábitos de higiene da avó de Anna não são adequados. A dentadura poderia estar muito bem higienizada, sem nenhum traço de restos de alimentos, mas o faro dos cachorros é preciso e certeiro.

Ela só precisou seguir o odor, imperceptível para narizes humanos, para encontrar um novo brinquedo. Luna deve ter chupado, cheirado, lambido e tentado algumas mordidas. Mas o objeto, no final das contas, não era tão divertido como parecia à primeira vista.

Seja como for, o encaixe da dentadura ficou quase perfeito na Luna. A arcada dentária da vovó deve ser muito parecida com a dela. Caso a chihuahua tenha algum problema e perca os dentes, ela já sabe onde encontrar sobressalentes.

Luna já tinha um histórico em “subtração de artigos bucais”. Meses atrás, Anna entrou no box do banheiro para tomar banho e, quando saiu, encontrou a chihuahua melecada de pasta de dente dos pés à cabeça.

A história tem um final feliz. Luna não se machucou com os dentes postiços e a idosa recuperou o objeto tão necessário, sem nenhum dano. Não sabemos, no entanto, o que o dentista da idosa poderá dizer deste caso.

A cachorra sempre faz uma carinha de inocente depois das suas façanhas. Luna é muito meiga e carinhosa, é impossível não amá-la, nem ficar bravo com ela durante muito tempo. Os cachorros são assim, adoráveis.

Na verdade, os peludos não dão a menor importância para objetos que nós consideramos importantes, fundamentais. Para eles, é bem simples: as coisas servem para comer, morder, brincar ou destruir.

Eles podem até aprender a não subir no sofá, não mastigar os chinelos, não puxar a roupa estendida no varal. É divertido, mas eles renunciam a esses pequenos prazeres para agradar os tutores. Mas experimentar uma dentadura inédita, com formato e cheiro diferentes, é uma coisa irresistível. Os idosos que se cuidem.

 

 

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