Caixa arquivou maioria das 205 denúncias de assédio entre 2019 e 2022

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Sede da Caixa Econômica. Rafaela Felicciano

Por Ana Flávia Castro

A Caixa Econômica Federal recebeu, entre abril de 2019 e julho de 2022, 205 denúncias de assédio sexual que, em maioria, foram arquivadas. A informação foi divulgada em ação do Ministério Público do Trabalho movida no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), em Brasília.

Na quarta-feira (26/10), uma liminar determinou que o banco cumpra medidas para combater as práticas e acolher vítimas de assédio sexual, moral ou discriminação entre os funcionários.

Na decisão, o juiz Pedro Luís Vicentin Foltran sustenta que “as denúncias de casos de assédio moral e sexual dentro da empresa aumentaram significativamente com o passar dos anos, fato que revela que a entidade não vem adotando medidas práticas capazes de reduzir efetivamente ou extirpar este tipo de ilícito”.

“Impunidade”

O documento não detalha quantas denúncias foram arquivadas nem a justificativa usada pelo banco. Contudo, o magistrado argumenta que o aumento das denúncias em 2022 expressa o “clima de inércia” e “impunidade” denunciado pelo Ministério Público do Trabalho.

“Confirmando a sinalização de que as condutas dos assediadores tem sido toleradas ou chanceladas pelo comportamento permissivo da impetrada em relação aos seus dirigentes e seus prepostos”, completa.

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