“Tivemos dois problemas nesse período todo, que é muito pequeno [se comparado ao] tamanho do que nós aprovamos”, disse José Guimarães, em coletiva concedida na tarde da quarta-feira (28/6) no salão verde da Câmara dos Deputados.
Dentre as derrotas sofridas na Câmara, ele cita a aprovação de um projeto para derrubar o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que regulamentava o Marco do Saneamento. Além disso, Guimarães reconhece a derrota na tramitação da Medida Provisória que afrouxa o combate ao desmatamento da Mata Atlântica.
“Foram as duas discussões nas quais tivemos problemas aqui dentro. Evidentemente há matérias, sobretudo nas questões econômicas e sociais, que têm um quórum maior. O União Brasil tem dado de 38 a 40 votos em todas as votações. O Republicanos, com excessão do destaque que acabou com o teto de gastos, tem dado 39 votos. O MDB, 35 votos. E o PL, nas duas principais votações que tivemos, a bancada contribuiu com 29 votos em uma e na outra com 30 votos”, disse.
O governista completa: “Nas principais matérias ,os partidos não deixaram de colaborar com o presidente Lula”.
Segundo semestre
Alvo de diversas críticas neste semestre, a articulação política do governo Lula estará “completamente azeitada”, segundo José Guimarães. Ele, cuja performance enquanto articulador foi posta em dúvida, disse ter vivido seu “maior drama” na votação da MP da Esplanada.
“Parecia que o teto do plenário ia cair na nossa cabeça. Foi grave, houve uma tensão de grandes proporções, e vocês imaginem se a MP não tivesse sido aprovada, o caos que estaria no governo. O que é importante é que eu estou com a minha consciência tranquila. Os líderes foram muito corretos”, avaliou.
Caso a MP da Esplanada dos Ministérios não fosse votada e aprovada a tempo, o governo Lula perderia a atual configuração ministerial e precisaria governar com a estrutura deixada por Bolsonaro. O texto passou, mas com algumas mudanças impostas pelo chamado Centrão.