Segundo as autoridades, PQD pertence ao Comando Vermelho (CV), uma das maiores facções criminosas do estado fluminense. Segundo a TV Globo, o rapaz tinha saído do para fazer um show quando foi interceptado na ação da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro em parceria com a Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diopi), do Ministério da Justiça.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado do Ceará (Draco-CE), que contou com o apoio da Draco do Rio de Janeiro e da Polinter. Num relatório que a publicação tece acesso, nas redes sociais do artista havia “conteúdo criminoso relevante”. Ele conta com mais de 650 mil seguidores no aplicativo.
“MC PQD, também chamado de ‘malandrex’, ‘paizão’ e ‘relíkia’, posta fotos suas e de seus parceiros municiados com armas longas e com colete à prova de balas. Percebe-se, nos comentários de suas postagens, que sua imagem está frequentemente vinculada a símbolos associados ao CV, tais como bandeiras vermelhas, trem, o gesto formado com os dedos indicador e médio, o número ‘02’ e o termo ‘trem bala’, elementos simbólicos do Comando Vermelho, especialmente difundidos no Rio de Janeiro”, descreveu a Draco
Algumas das músicas de PQD citam a Tropa do Mantém, um grupo armado, de acordo com a polícia cearense é “conhecido pelo enfrentamento às polícias e a rivais de outros grupos criminosos”. “No site SoundCloud, onde o cantor possui uma conta verificada, MC PQD publicou um “medley” em homenagem aos integrantes do CV no Ceará”, acrescentou a Draco.
“O teor de suas publicações [repletas de ostentação financeira e bélica], além de estimular a prática de crimes, reforça a ideologia presente nas facções criminosas ao propagar o respeito e obediência às lideranças, enfrentamento aos grupos rivais, confronto com as polícias, atuação criminosa rotineira, punição aos delatores e guerra por conquista de território visando ampliar o lucro obtido do narcotráfico”, finalizou o órgão.