Carlos Bolsonaro anuncia renúncia do mandato de vereador pelo Rio e ida para SC

0
5a95b6c47f3579844a518516294744d22c5ec7e2-418x235

Carlos Bolsonaro (Crédito: AFP/Arquivos)

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos Bolsonaro (PL) anunciou na quinta-feira (11) a renúncia do seu mandato de vereador pelo Rio de Janeiro. Carlos confirmou que vai concorrer ao Senado por Santa Catarina.

Carlos anunciou a renúncia do mandato na tribuna da Câmara, durante sessão plenária.

“Eu amo o Rio de Janeiro, aqui cresci e construí uma história, aqui deixo parte importante de quem eu sou. Parto dessa cidade com o coração cheio de saudade, mas com a serenidade de quem sabe que está atendendo a uma missão maior, da qual sempre fiz parte”, afirmou.

“Vou para Santa Catarina para cumprir um chamado que não poderia realizar aqui, pois fiz uma escolha sempre guiada pelo meu coração. Não é uma fuga, é a continuidade de uma luta.”

Com voz embargada, o vereador mencionou o pai e elogiou o voto vencido do ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), no julgamento da trama golpista.

“Hoje ele enfrenta uma vida injusta, fruto de um processo recheado de contradições, vícios e interpretações políticas.”

Durante discurso, Carlos elencou o que considerou feitos do mandato, como a criação de um clube de literatura clássica, “para recuperar o imaginário, a cultura e a profundidade que o ensino moderno insiste em abandonar”, segundo ele, a criação do dia de solidariedade ao povo de Israel, o dia da liberdade de expressão e a escolha de nomes de escolas públicas.

Carlos, 43, exercia o sétimo mandato consecutivo na Câmara municipal. A primeira eleição dele foi em 2000, aos 17 anos. Ele assumiu com 18.

Na última eleição municipal Carlos foi o vereador mais votado da cidade, com 130.480 votos, mais do que o dobro do segundo mais votado, Márcio Ribeiro (PSD), com 56.770 votos.

Com a saída de Carlos, a primeira suplente do PL, Alana Passos, ex-deputada estadual, assume a cadeira no ano que vem. Alana se reuniu nesta quinta com o presidente do diretório municipal do partido, Bruno Bonetti. O ano legislativo na Câmara do Rio termina na próxima terça-feira (16).

A ida de Carlos Bolsonaro para disputar vaga ao Senado por Santa Catarina, indicação pessoal de Bolsonaro, gera um racha na direita do estado desde junho.

A briga envolve a deputada estadual Ana Campagnolo (PL), que é a mais votada do Legislativo catarinense, Carol de Toni (PL-SC), deputada federal mais votada no estado, o governador Jorginho Mello (PL), o senador Esperidão Amin (PP-SC) e Carlos.

A direita catarinense já se organizava há mais de um ano para lançar duas candidaturas: da deputada Carol de Toni e do senador Amin.

A escolha por Carlos Bolsonaro rifou a chance de candidatura de Carol de Toni, na avaliação da ala catarinense do PL.

Apesar das duas vagas em disputa, o governador Jorginho Mello (PL) deve apoiar a reeleição do senador Espiridião Amin (PP), o que inviabilizaria uma chapa pura com dois nomes do PL para o Senado. Diante do cenário adverso, De Toni avalia migrar para o Novo.

About Author

Compartilhar

Deixe um comentário...