Carlos Slim, dono da Claro, encontra Lula e promete investir R$ 40 bi no Brasil em 5 anos
O empresário mexicano Carlos Slim, homem mais rico da América Latina, reuniu-se na tarde da sexta-feira (19) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto.
Slim, fundador do Grupo América Móvil, controladora da operadora Claro, afirmou a jornalistas depois do encontro que pretende investir no Brasil R$ 40 bilhões nos próximos cinco anos, em particular em fibra ótica, internet de alta velocidade e serviços para cidadãos e empresas.
“Estamos pensando que nos próximos anos os investimentos serão da ordem de R$ 8 bilhões por ano, pelos próximos cinco anos”, afirmou o mexicano, a jornalistas.
Slim também descartou a possibilidade de adquirir a operadora Oi, que teve plano de recuperação judicial aprovado na sexta-feira (19), pela assembleia de credores.
“Não estamos pensando em adquirir nenhuma empresa. O que estamos pensando é planejar em investir mais e competir mais e ter esse contento de ter cada vez mais clientes”, afirmou o empresário mexicano.
Segundo o Palácio do Planalto, Lula e Slim trataram da expansão da rede de fibra ótica e 5G no território brasileiro e também de parcerias comerciais no setor de telecomunicações.
Slim também afirmou a jornalistas que sua empresa investiu aproximadamente R$ 40 bilhões no Brasil nos últimos cinco anos. O valor deve ser repetido nos cinco anos futuros, afirmou.
No fim da tarde de sexta (19), Lula usou as suas redes sociais para descrever o encontro com Carlos Slim e a previsão de investimentos no Brasil.
“Recebi o empresário mexicano Carlos Slim, fundador e controlador do Grupo América Móvil (AMX) e sua equipe. Na conversa, falamos sobre a expansão da rede de fibra ótica e 5G no Brasil e das oportunidades de parcerias comerciais no setor de telecomunicações. Slim anunciou o investimento estimado de R$ 40 bilhões no país nos próximos cinco anos no nosso país”, escreveu o presidente.
Segundo nota do Palácio do Planalto, Lula também teria conversado com o mexicano sobre o cenário econômico no Brasil e em outros países do mundo.
“O empresário elogiou o controle da inflação e as fortes exportações do Brasil. Argumentou sobre a possibilidade de aumento de investimentos em relação ao PIB no Brasil e México, e ressaltou o aumento de renda e salário mínimo nos dois países, ao mesmo tempo em que enfatizou a necessidade de ampliar investimentos em educação”, afirma o texto.