Carro pega fogo em desfile da Beija-Flor que criticou militares; veja vídeo do incêndio

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Carro alegórico da Beija-Flor pegou fogo no início do desfile. Foto: ANDRÉ MOREIRA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Por Paulo Moura

Parte de um carro alegórico da escola de samba Beija-Flor pegou fogo na madrugada da terça-feira (21) pouco antes da entrada na Marquês de Sapucaí para o desfile da agremiação no carnaval do Rio de Janeiro. No enredo, intitulado “Brava Gente! O grito dos excluídos no bicentenário da Independência”, a escola fez críticas aos militares.

As chamas e a fumaça chegaram a gerar tensão entre os membros da escola de samba, mas o fogo foi controlado rapidamente pelos bombeiros. Ninguém ficou ferido. O fogo atingiu o alto da alegoria, onde havia um homem em destaque. Ele foi retirado em segurança.

DESFILE FAZ CRÍTICAS À INDEPENDÊNCIA E MILITARES
O desfile da escola de samba de Nilópolis, cidade da Baixada Fluminense, fez críticas ao 7 de Setembro, dia da Independência do Brasil, e questionou o valor da data. A agremiação também propôs um novo “marco” para a celebração: o dia 2 de julho, data em que se comemora a Independência da Bahia.

Ao longo da apresentação, a escola de samba também criticou os militares, como em um trecho do samba-enredo que dizia: “Desfila o chumbo da autocracia. A demagogia em setembro a marchar”. No quarto carro alegórico, intitulado “O chumbo da autocracia”, era representado um tanque, torres de vigilância e dragões militarizados.

– Um regime de restrição da autonomia e de privação da liberdade. Eis o chumbo da autocracia desfilando nas ruas de Setembro a sua demagogia, um espetáculo bélico e mórbido. Os militares marcham e apresentam suas armas, vangloriando a si mesmos como heróis – dizia o documento distribuído aos julgadores que analisaram o desfile.

Em 7 de setembro do ano passado, ao falar sobre o enredo, a agremiação publicou um vídeo em que militares apareciam marchando e afirmou na legenda: “Hoje eles celebram a história vitoriosa deste país excludente e desigual que eles ergueram contra nós”.

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