Casa Branca cobra que China condene invasão da Ucrânia

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Foto: Divulgação

A Casa Branca cobrou neste domingo (27.fev.2022) que a China condene a invasão russa contra a Ucrânia. A declaração foi dada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, em entrevista à MSNBC. Ela disse que “não é hora de ficar de lado”, mas sim de avaliar de que lado os chineses querem ficar nos livros de história.

Após o início do conflito, a China condenou as sanções impostas à Rússia. Na 6ª feira (25.fev.2022), o Ministério das Relações Exteriores do país reconheceu a soberania da Ucrânia, mas não classificou os ataques russos contra o país como uma invasão. Apesar da declaração, ao menos 2 bancos estatais chineses decidiram restringir financiamentos para para a aquisição de commodities da Rússia.

“É hora de falar e condenar as ações do presidente Putin e da Rússia invadindo um país soberano. […] Mas também há passos importantes para a liderança chinesa olhar para si mesma e realmente avaliar onde quer ficar à medida que os livros de História são escritos”, disse Psaki.

A Rússia foi banida do Swift, sistema financeiro global, como forma de retaliação aos ataques contra a Ucrânia. O sistema permite a realização de operações entre bancos do mundo todo, facilitando a troca de moedas entre os países de forma rápida e segura.

A União Europeia  também anunciou que irá paralisar os ativos do Banco Central da Rússia. Com a decisão, as transações serão congeladas. Já a Alemanha suspendeu a autorização para o gasoduto Nord Stream 2, que liga o país ao território russo.

ENTENDA A GUERRA NA UCRÂNIA

A disputa entre Rússia e Ucrânia começou oficialmente depois de uma invasão russa à península da Crimeia, em 2014. O território foi “transferido” à Ucrânia pelo líder soviético Nikita Khrushchev em 1954 como um “presente” para fortalecer os laços entre as duas nações. Mas acionalistas russos aguardavam o retorno da península ao território da Rússia desde a queda da União Soviética, em 1991.

Já independente, a Ucrânia buscou alinhamento com a União Europeia e Otan enquanto profundas divisões internas separavam a população. De um lado, a maioria dos falantes da língua ucraniana apoiavam a integração com a Europa. Do outro, a comunidade de língua russa, ao leste, favorecia o estreitamento de laços com a Rússia.

O conflito começa em 2014, quando Moscou anexou a Crimeia e passou a armar separatistas da região de Donbass, no sudeste. Há registro de mais de 15.000 mortos. Na semana passada, os russos invadiram a Ucrânia, elevando o patamar da guerra.

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