Caso Alph: suspeito de matar estudante da UFPB tem habeas corpus negado

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Alph foi encontrado morto em 8 de fevereiro de 2020, em João Pessoa — Foto: Genoveva Souza/Arquivo pessoal

Um pedido de habeas corpus feito pela defesa de Abraão Avelino da Fonseca, um dos suspeitos de ter matado o estudante Clayton Tomaz de Souza, conhecido como Alph, foi negado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. O suspeito está foragido.

Abraão Avelino da Fonseca e Selena Samara Gomes da Silva são os suspeitos de terem matado Alph, que foi encontrado morto em 8 de fevereiro de 2020. Os dois estão foragidos e com previsão preventiva decretada pela Justiça.

A defesa de Abraão, feita pelo advogado Roberto Paiva de Mesquita, entrou com um pedido de habeas corpus, com o objetivo do trancamento da ação penal ou a revogação da custódia preventiva decretada contra o suspeito.

O pedido também alega que uma denúncia anônima e um reconhecimento fotográfico feito por uma testemunha são provas ‘ílicita e irregular’ contra Abraão.

O relator do caso, o desembargador Joás de Brito Pereira Filho, indeferiu a solicitação considerando que os indícios do caso são suficientes à instauração e prosseguimento da ação penal, além de que a fuga de Abraão ‘autoriza a decretação da prisão preventiva do réu’.

Ao g1, quando divulgada a acusação contra Abraão, o advogado Roberto Paiva de Mesquita, informou que só iria se pronunciar sobre o caso no fim da instrução processual. Uma audiência de instrução sobre o caso deve acontecer no próximo dia 16.

O crime

Natural de Pernambuco, o estudante do curso de filosofia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi dado como desaparecido no dia 6 de fevereiro de 2020. No dia 8, um corpo foi encontrado em estado de decomposição, com marcas de tiros, em uma mata às margens de uma estrada em Gramame. O corpo foi identificado como Alph no dia 17 de fevereiro.

Após mais de um ano de investigação, o Ministério Público da Paraíba denunciou Abraão Avelino da Fonseca e Selena Samara Gomes da Silva por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. O g1 teve acesso ao inquérito policial do caso e à denúncia que mostram que os suspeitos e a vítima formariam um triângulo amoroso – o que teria sido a motivação do crime.

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