Caso Lorrayne: júri popular de acusado de matar modelo é adiado para maio, na Paraíba

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Lorrayne estava desaparecida há uma semana — Foto: Instagram/Reprodução

O júri popular de Kennedy Ramon Alves Linhares, acusado de matar sua ex-namorada Lorrayne Damares da Silva, foi adiado na segunda-feira (27/2). A sessão aconteceria no Fórum Cabedelo, porém o advogado do réu estava ausente por razões de saúde justificadas e pediu o adiamento. A sessão foi remarcada para o dia 4 de maio às 8h30.

O crime aconteceu em dezembro de 2020, em Lucena, no Litoral Norte da Paraíba e o homem não aceitava o fim do relacionamento.

Além do crime de homicídio qualificado, o réu também responde pela qualificadora de feminicídio.

Lorrayne Silva, de 19 anos, foi encontrada morta após oito dias desaparecida, em Sobrado, na Paraíba. O ex-namorado confessou ter matado a jovem e já tinha ameaçado a paraibana.

Ainda de acordo com as informações processuais, a vítima e o acusado mantiveram um relacionamento amoroso, chegando ambos a coabitarem.

“Todavia, o relacionamento do casal foi interrompido pela ofendida, havendo relatos de convivência conturbada devido aos ciúmes e índole possessiva do assacado, tendo a vítima ido morar no Estado de Goiás”, diz a denúncia.

Relembre o caso

Após uma semana desaparecida, o corpo de Lorrayne, de 19 anos, foi encontrado em avançado estado de decomposição no dia 20 de dezembro, às margens do Rio Paraíba, nas proximidades da região conhecida como Café do Vento, no município de Sobrado.

Em depoimento, Kennedy afirmou que o crime não foi planejado. A vítima e o suspeito estavam morando juntos e terminaram a relação. Ela passou um mês em Goiânia, capital de Goiás, para ficar longe dele – segundo a família. Mas, segundo o suspeito, eles dois ainda mantinham contato.

Na época do crime, Lorrayne tinha acabado de chegar na Paraíba depois do período em Goiânia.

Imagens de câmera de segurança mostram que o homem foi buscá-la no aeroporto Castro Pinto, na Grande João Pessoa e essa teria sido a última vez que ela foi vista com vida.

Lorrayne Silva com o acusado no aeroporto em Bayeux, na Paraíba  — Foto: Divulgação/Polícia Civil da Paraíba
Lorrayne Silva com o acusado no aeroporto em Bayeux, na Paraíba — Foto: Divulgação/Polícia Civil da Paraíba

Eles foram juntos até Lucena para uma casa alugada pela família de Kennedy. O homem informou à Polícia Civil que ele e Lorrayne discutiram a relação e brigaram dentro da residência. Então, ele estrangulou a jovem para “contê-la” e “acabou perdendo a noção da força” durante uma briga.

Depois, Kennedy levou o corpo da modelo e jogou embaixo de uma ponte da BR-230.

“Ele não aceitou o término do relacionamento com ela, as viagens que ela fazia, essa teria sido a motivação. Nesse momento, ele chorava, também não sabemos se era pra se vitimizar um pouco ou se aquilo era a personalidade dele mesmo”, disse o delegado João Paulo Amazonas sobre a confissão.

Após o crime, o suspeito iniciou uma viagem para Santa Catarina, onde “recomeçaria a vida”.

No dia 19 de dezembro de 2020, em uma ação conjunta da PRF, da Polícia Civil da Paraíba e da Polícia Militar da Bahia, Kennedy Ramon Alves Linhares foi preso na cidade de Eunápolis, extremo sul da Bahia.

Kennedy já tinha passagem pela polícia pelos crimes de porte ilegal de armas, tráfico de drogas e por violência doméstica. De acordo com o delegado João Paulo Amazonas, responsável pelo caso, existia um relacionamento abusivo.

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