Caso Wanessa Camargo: especialistas explicam síndrome do pânico

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Wanessa Camargo e Marcus Buaiz. Foto: Reprodução

Por Leo Dias

Na última segunda-feira (3/5), a coluna LeoDias ouviu pessoas próximas à Wanessa Camargo e Marcus Buaiz que contaram os bastidores do fim do casamento. Dentre os motivos que motivaram o término, estão as crises de pânico que a cantora sofre há seis anos. Para entender mais sobre como essa doença afeta as relações e como se desenvolve, esta coluna conversou com duas especialistas no assunto.

A doutora Maria Fernanda Caliani explicou que dentre as principais características da doença estão as crises de ansiedade aguda repentinas. “A ansiedade é uma resposta que nosso corpo produz de forma natural para nos proteger de situações de perigo ou de ameaça. Só que na causa de transtorno de pânico ela vem em excesso e ela passa a causar um sofrimento muito intenso para o desempenho daquela pessoa. Por ser inesperada, ela vem com um medo de a pessoa morrer e pode causar sintomas como taquicardia, falta de ar, sensação de formigamento no pé e nas mãos, dor de barriga, visão turva e etc”.

A psicóloga forense e especialista em TDHA, Deise Cristina Gomes explica que uma parcela significativa da população brasileira sofre desta doença e que se torna necessário o acompanhamento psicológico: “Em média de 2 a 3% da população brasileira sofre com essa Síndrome, sendo que as mulheres possuem maior propensão em relação aos homens (…) Com a psicoterapia, a pessoa vai obtendo maior controle sobre a duração e a frequência dos ataques de pânico, é instruída a: Não evitar situações que provocam ataques de pânico; Reconhecer quando seus medos não têm justificativa; Reagir ao ataque ao respirar de modo lento e controlado ou usar outras técnicas que promovem o relaxamento. O tratamento psicológico de apoio, que inclui instrução e acompanhamento psicológico, é de extrema necessidade, onde, um terapeuta pode fornecer informações gerais sobre o transtorno, seu tratamento e as chances reais de melhora, além do apoio decorrente de uma relação de confiança com o profissional que a atende”.

Caliani também explica que pode ser necessário o uso de medicamentos no tratamento: “Para crise de pânico, a gente usa medicamentos da classe dos antidepressivos, mas também podemos usar os ansiolíticos, os chamados “tarja pretas” para os momentos que as crises acontecem até os antidepressivos começarem a fazer efeito”. A médica explica que uma forma de lidar com as crises sem a necessidade de medicamentos é tentar não valorizar tanto os sintomas físicos e exercícios de respiração para desviar o foco da crise.

 

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