Casos de síndrome respiratória grave em crianças e adolescentes continuam em alta no Brasil, aponta Fiocruz
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Chegada do inverno costuma elevar os números de doenças respiratórias, principalmente entre as crianças - Anchalee/Adobe Stock
No Boletim Infogripe desta semana, a Fiocruz apontou na quinta-feira (20) uma tendência de aumento de casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave), em todo o país, entre crianças e adolescentes de até 14 anos. O crescimento coincide com a volta às aulas.
Distrito Federal e Goiás tiveram destaque, pois o crescimento nessa faixa etária atinge incidências de alta a moderada. O mesmo levantamento mostrou ainda que para crianças de até dois anos as ocorrências estão associadas principalmente ao VSR (vírus sincicial respiratório).
A Srag comporta casos gripais que evoluem e comprometem a função respiratória. Vírus como Influenza A, B, VSR e Covid-19 podem evoluir para a síndrome.
Sete estados apresentaram nível de atividade de síndrome respiratória em alerta ou risco, como é o caso de Amazonas, Goiás, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal.
Estados da região Norte e Centro-Oeste (Mato Grosso, Rondônia e Tocantins) apresentaram crescimento de casos de Srag com sinais de Covid-19 entre idosos. No Tocantins, o crescimento da síndrome associada ao coronavírus ainda foi registrado entre a população dos mais jovens.
Em 2025, foram notificados 3.721 casos de Srag em todo o país. Destes, 50,2% para Covid-19; 20,2% para rinovírus;12,4% para VSR; 6,6% para influenza A; 3% para influenza B.