Citado em delação, dono da Havan nega participação em golpe

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O presidente Jair Bolsonaro e o empresário Luciano Hang durante celebrações do bicentenário da Independência brasileira - Adriano Machado/Reuters

por Julio Wiziack

O empresário Luciano Hang, dono da Havan, negou envolvimento na tentativa de golpe de Estado sob investigação do Supremo Tribunal Federal.

O nome de Hang é mencionado na delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Nela, Cid conta que Hang participou de um grupo de empresários favoráveis a impedir a posse de Lula. A reunião teria acontecido em 7 de novembro de 2022, uma semana após a vitória de Lula no segundo turno.

O ex-braço direito de Bolsonaro afirmou que Hang e outro empresário pediram que o ex-presidente exigisse do Ministério da Defesa um relatório “mais maduro” sobre as supostas existências de fraudes nas urnas eletrônicas e no sistema eleitoral para que pudessem “virar o jogo”.

Os advogados de Hang afirmam que não podem comentar as supostas declarações de Hang porque não tiveram acesso ao conteúdo, protegido por sigilo. Dizem, no entanto, que Hang nega veementemente as acusações.

“Luciano jamais sugeriu ou pediu a quem quer que fosse a adoção de medida destinada a atentar contra o ordenamento jurídico e as instituições democráticas”, afirmam seus advogados.

O empresário é defendido por Eduardo Pizarro Carnelós, Alberto Moreira e Murilo Varasquim.

“Já no dia seguinte ao 2º turno das eleições presidenciais de 2022, Luciano declarou que a vontade dos eleitores, expressa nas urnas e que sagrara vencedor o atual presidente Lula, deveria ser respeitada. Nenhuma manifestação em sentido contrário pode ser atribuída a ele.”

Com Diego Felix

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