Clima seco da Argentina pode se estender até março, causando riscos para safras

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© Lavoura de milho em Chivilcoy, na Argentina. Depois de receber chuvas no segundo semestre de 2021, o país sul-americano agora está sentindo os efeitos do fenômeno climático La Niña

As condições de seca que afetam as lavouras na principal região agrícola da Argentina desde meados de dezembro podem se estender até meados de março, causando perdas “significativas” para milho e soja em 2021/22, informou a Bolsa de Grãos de Buenos Aires hoje (12).

Depois de receber chuvas no segundo semestre de 2021, o país sul-americano agora está sentindo os efeitos do fenômeno climático La Niña, à medida que as chuvas diminuem nas principais áreas agrícolas.

Os resultados da produção de milho e soja “dependerão em grande parte do retorno oportuno das chuvas em fevereiro”, disse a bolsa de grãos em um relatório mensal.

A bolsa alertou, no entanto, que como o país enfrenta um “episódio duplo” de La Niña – quando o fenômeno ocorre por duas temporadas consecutivas -, o retorno das chuvas pode ser adiado até meados de março, causando perdas significativas de produtividade.

A bolsa estimou a safra de milho da Argentina em um recorde de 57 milhões de toneladas e a de soja em 44 milhões de toneladas e não fez nenhum corte em suas previsões até agora, mas disse na semana passada que pode ter que revisá-las devido ao mau tempo.

A bolsa de Rosário, que publicará seu relatório mensal de safra na quarta-feira, relatou na semana passada um distúrbio na produção de milho devido às condições quentes e secas. O clima desfavorável também dificulta o plantio dos últimos lotes de soja, o que pode levar a uma queda na área projetada.

“Nós estamos enfrentando um cenário climático geograficamente muito contrastante, muito irregular em seu curso de tempo, que coloca desafios à produção, tanto por déficits ou excessos de água (no noroeste da Argentina), quanto por temperaturas extremas”, disse a Bolsa de Grãos de Buenos Aires.

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