Rancho
Cid se alimentava da mesma comida servida no “rancho”, onde os militares da PE comem diariamente. Nas quatro refeições diárias, um soldado levava um prato até a sala onde o tenente-coronel ficava e o recolhia após o fim da refeição.
Ele teve as visitas restringidas por Moraes, após o militar ter recebido 73 visitantes, a maioria militares, em um prazo de 19 dias. A quantidade de pessoas foi considerada elevada pelo ministro.
Investigações da PF
Mauro Cid é alvo de diversos inquéritos da Polícia Federal. A investigação mais recente se deve à tentativa de venda de um Rolex avaliado em R$ 300 mil e que seria um presente dado por sauditas a Bolsonaro durante viagem oficial do então presidente.
Delação
Mauro Cesar Cid passou a considerar a sério a opção de fazer uma delação premiada quando a CPMI do 8 de Janeiro descobriu que o coronel do Exército Jean Lawand Junior o havia visitado no Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, onde o antigo braço-direito de Bolsonaro está preso.
Lawand foi o militar que trocou mensagens com Cid sugerindo um “golpe de Estado” para impedir a posse de Lula.
Na avaliação da família de Cid, naquele momento o ministro Alexandre de Moraes ganhou o argumento técnico de que ainda não dispunha para justificar a prisão preventiva de Cid.
Uma das hipóteses para se determinar a prisão preventiva é o risco de o suspeito influir no inquérito. Lawand também é investigado sobre a participação na discussão sobre um eventual golpe. Ou seja: eram dois investigados encontrando-se e possivelmente combinando versões.