Comissão de Anistia fará reparação coletiva a japoneses mantidos em campo de concentração no interior de SP; entenda
A Comissão de Anistia marcou para 25 de julho uma sessão de reparação coletiva na qual vai reconhecer violações a japoneses presos em uma espécie de campo de concentração em Ubatuba (SP) a partir de 1946.
O pedido de reparação foi feito por uma associação de descendentes desses presos políticos no pós-Segunda Guerra Mundial, na qual o Japão se aliou à Alemanha e foi derrotado. De acordo com a Prefeitura de Ubatuba, entre 1946 e 1947 cerca de 170 japoneses foram alojados e torturados na cidade paulista —alguns foram mortos na Ilha Anchieta.
A lei que criou a Comissão de Anistia prevê reparação a perseguidos no período de 18 de setembro de 1946 até 5 de outubro de 1988.
No mesmo dia, a comissão também fará a reparação aos guarani-kaiowá por um episódio ocorrido na ditadura militar no Maranhão.
Os indígenas estavam sendo deslocados em caminhões da área que ocupavam. Um grupo deles conseguiu impedir o veículo de sair do local com indígenas e foi acusado de sequestrar o caminhão.