Não há, no entanto, “sentimento de revanche” do presidente, segundo esses interlocutores. Lula encontrou-se com Flávio Dino no Palácio da Alvorada pouco antes do almoço de quarta-feira (6) e falou sobre o assunto. Horas depois, o ministro da Justiça e Segurança Pública disse que a Polícia Federal (PF) vai apurar a “responsabilidade criminal de agentes públicos”.
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) será o principal alvo dessa investigação. Na decisão de Toffoli, o ministro do STF disse que o ex-juiz da Lava Jato foi “diretamente beneficiado pela condenação e prisão” de Lula.
“O último fato indicativo da perda de imparcialidade do magistrado consiste no fato de haver aceitado o cargo de Ministro da Justiça após a eleição do presidente da República, Jair Bolsonaro, que há muito despontava como principal adversário político do paciente. Sergio Moro decidiu fazer parte do Governo que se elegeu em oposição ao partido cujo maior representante é Luiz Inácio Lula da Silva” — Dias Toffoli.
A presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse em seu Twitter: “Os que mentiram, falsificaram provas, arrancaram depoimentos à força terão, agora, de responder por seus crimes”. O Partido dos Trabalhadores prepara uma nota oficial em que comemora a decisão de Toffoli.
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