Contra vazamentos e roubo de dados, agência do governo não usará mais WhatsApp

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Ricardo Cappelli. Foto: Reprodução

Preocupado com a preservação do sigilo das trocas de mensagens na alta cúpula do governo, o presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Ricardo Cappelli, decidiu fazer uma licitação para contratar empresas nacionais que possuem aplicativos similares ao WhatsApp.

Cappelli foi secretário-executivo do Ministério da Justiça após a saída de Flávio Dino, que se tornou ministro do Supremo Tribunal Federal. Desde então, comanda a agência, vinculada ao Ministério da Indústria.

Segundo o executivo, a decisão tem respaldo nos frequentes casos de vazamentos de conversas por aplicativos estrangeiros.

A mais recente, envolvendo o ministro do STF Alexandre de Moraes, levanta suspeitas sobre a legalidade de atos praticados por ele na produção de relatórios pelo TSE para embasar decisões dele próprio contra bolsonaristas no inquérito das fake news em 2022.

Cappelli defende que as grandes plataformas de mensagens não devem ser o canal para troca de informações do governo, nem dos demais poderes da União.

“Alguém tem de ser o primeiro”, disse.

Ele afirma que já cogitava essa medida quando ocupava cargo no Ministério da Justiça. Naquele momento, já discutia a contratação de plataforma própria para as polícias e a Polícia Federal.

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