São Paulo — O corpo do piloto Ângelo Chaves Pucci, de 44 anos, foi encontrado, no início da tarde de sábado (30/3), pelas equipes que faziam as buscas por terra no local em que foram avistados os destroços da aeronave que desapareceu após decolar do aeroporto de Jundiaí, no interior de São Paulo. A informação foi confirmada pela Defesa Civil do Estado.

Participavam das buscas, além da Defesa Civil, homens da Força Aérea Brasileira (FAB), do Corpo de Bombeiros e da Guarda Civil de Jundiaí. O local onde o corpo foi achado fica em uma área de mata fechada e terreno íngreme, na Serra do Japi.

foto colorida do piloto Ângelo Chaves Pucci, que estava em aeronave que desapareceu na Serra do Japi (SP) - Metrópoles — Ângelo Chaves Pucci

Os destroços foram encontrados pouco antes de 12h deste sábado por equipes terrestres, uma vez que os sobrevoos da FAB e da Polícia Militar tinham sido abortados por causa do mau tempo. Logo depois da localização por terra, o tempo melhorou, e os sobrevoos puderam ser feitos.

O bimotor decolou na quinta-feira (28/3), no Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro, em Jundiaí. Segundo a PM, a aeronave com prefixo PT – WLP seguia com destino ao Campo de Marte, em São Paulo. Contudo, não foi possível pousar, e o piloto decidiu retornar a Jundiaí.

O último contato realizado, via rádio, foi por volta das 23h de quinta-feira, quando a aeronave encontrava-se justamente sobre a Serra do Japi. A PM foi acionada às 15h de sexta-feira para ocorrência de possível queda de avião na região.

A aeronave estava em situação normal de aeronavegabilidade, de acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB). A multinacional chinesa HKTC Do Brasil S/A, com sede em Hong Kong, é a proprietária do bimotor.

Quem era o piloto

Natural de Goiás, o piloto era descrito como “profissional exemplar” e “apaixonado por aviação”. Também era formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiânia e tinha inscrição como estagiário na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Atualmente, Ângelo trabalhava na multinacional chinesa HKTC Do Brasil S/A, com sede em Hong Kong, a proprietária do avião bimotor, que divulgou nota sobre o acidente.

“A família HKTC está em luto, Ângelo era um profissional exemplar, responsável, comprometido e apaixonado por aviação. A perda é imensurável”, diz o texto da empresa. “Nesse momento estamos totalmente voltados a prestar a assistência necessária à família do Ângelo.”