Cracolândia: operação teve cinco presos e apreensão de armas falsas

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Foto: Fábio Vieira/ Metrópoles

São Paulo – A operação realizada na Praça Princesa Isabel, novo fluxo da Cracolândia no centro de São Paulo, terminou com cinco pessoas presas nesta quarta-feira (11/5), segundo Roberto Monteiro, delegado seccional do centro da Polícia Civil. Foram apreendidas facas, duas armas de fogo falsas e tijolos de crack e maconha.

A polícia possuía 36 mandados de prisão, mas só conseguiu cumprir três. As outras duas pessoas detidas foram presas em flagrante. Ao todo, 20 pessoas acabaram detidas para averiguação, mas 15 já foram liberadas.

Segundo o delegado, os traficantes faturam cerca de R$ 200 milhões por ano na Cracolândia – que antes se concentrava nas adjacências da Praça Júlio Prestes e há alguns meses migrou para a Praça Princesa Isabel.

Questionado sobre a real efetividade da ação, argumentou que a Operação Caronte é diferente das anteriores porque houve um “trabalho de inteligência” da Polícia Civil e uma coordenação com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e agentes de saúde e assistência social.

Objetivo da operação é combater o tráfico de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista, nova localização da cracolândia

Polícias Civil e Militar, a Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Prefeitura de São Paulo fazem operação na Cracolândia

Maconha, crack, cocaína, uma balança e cadernos com anotações também foram apreendidos

Operação na cracolândia para cumprir mandados de prisão e retirar da região as barracas de usuários de drogas

“Creio que é inédita essa junção de esforços, trabalhamos em conjunto dentro do programa Redenção, para combater o tráfico de drogas. Aqui tivemos a reunião de todos os órgãos envolvidos. Temos semanalmente reuniões para tratarmos desses objetivos”, explicou.

Após a operação desta quarta, como é de praxe em iniciativas policiais do tipo, os usuários se espalharam pelas ruas do centro em vez de se concentrarem na praça. Monteirp afirmou que isso é positivo.

“Fica mais fácil trabalhar com eles dispersos. Quando nós diluídos esses grupos em pequenos é mais eficaz a abordagem”, falou. “Na Praça Júlio Prestes, tínhamos um grupo homogêneo em que o fluxo chegou a ter 4 mil traficantes, travessias, disciplinas, etc. A permeabilidade desse grupo é muito complexa.”

O delegado ainda destacou a prisão do traficante conhecido como Filé com Fritas, de 22 anos, que afirmou ser um “traficante relevante”.

“Ele de forma contumaz estava ali na praça Princesa Isabel, substituindo traficantes que foram presos. Chegamos a mais de cem traficantes presos que estão encarcerados [nos últimos anos]”, falou.

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