Cresce número de registros de pessoas desaparecidas na Paraíba; saiba como denunciar

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Foto: Reprodução

Na Paraíba, já foram registrados 658 casos de pessoas desaparecidas em 2024. Os dados são do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, e fazem referência ao período de janeiro a setembro. Os números mostram um crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2023.

A Polícia Civil é responsável por investigar os desaparecimentos. De acordo com a delegada Luísa Correia, os desaparecimentos acontecem por causas variadas.

“São diversos perfis. […] Desde aquelas pessoas que têm um histórico de envolvimento com a criminalidade, até, por exemplo, um adolescente que teve uma briga com a família e se evadiu do convívio familiar por alguns dias. Existem também aquelas pessoas que vivem em situação de rua, perdem contato com os seus familiares e acabam se tornando dependentes químicos, dependentes de álcool”, explica a delegada.

Em casos de desaparecimento, o indicado é que a denúncia seja realizada o quanto antes, através do registro de um Boletim de Ocorrência. A delegada Luísa Correia também alerta que é preciso que os familiares se atentem à rotina da pessoa supostamente desaparecida antes de ir até a delegacia.

“Se é uma pessoa que não tem o costume de desligar o celular, de sair sem avisar ou passar dias fora de casa, no primeiro momento em que você notar aquela ausência, você deve se dirigir a uma unidade [policial] para fazer o registro”, explica a delegada, acrescentando que, caso a pessoa seja alguém que tem o costume de sair e passar alguns dias fora, a família deve procurar se certificar que seja de fato um caso de desaparecimento.

Como denunciar um desaparecimento

Em casos de desaparecimento, o indicado é que o familiar vá até a delegacia da Polícia Civil mais próxima e registre um Boletim de Ocorrência. A delegada Luísa Correia explica como realizar a denúncia através do canal da polícia, sem necessidade de identificação.

“Nós temos o nosso canal do Disque Denúncia, o 197. O canal é totalmente anônimo, as pessoas vão fazer contato e não vão ter nenhum dado revelado, nem sequer para a investigação”, esclarece Luísa.

A delegada também chama atenção para o fato de que, através do 197, podem ser feitas denúncias relacionadas tanto a casos de desaparecimentos quanto a casos de homicídios.

A procura dos familiares

Igor da Silva Macedo, de 23 anos, ainda não está nos números divulgados pelo Ministério da Justiça. Ele desapareceu no dia 19 de outubro, e desde então a família vive um drama. Segundo parentes, o rapaz estava desempregado e sofria de depressão, com episódios de desorientação.

Dayana da Silva, prima de Igor, tenta reunir pistas para chegar até o primo desaparecido através de mensagens de supostos avistamentos feitos por pessoas que acompanham a procura, mas sem sucesso.

“A notícia que a gente teve dele foi que no dia 20 ele comprou um cavalo na feira de Santa Rita, e que dia 23 ele foi visto lá em Mulungu. Após isso, houve algumas pessoas que entraram em contato porque me viram na TV e disseram que viram ele, mas em várias cidades, em Gurinhém, em Mari, mas nada concreto”, conta Dayana.

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