Cultura do Bem: uma forma de praticar o capitalismo consciente

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A diversidade não dever ser entendida apenas como um termo que identifique maior abertura para públicos minorizados na companhia, mas como um principio que abranja novas ideias. Uma entrada para inovação, propósito e empatia nas empresas. Foto: Rodnae productions/Pexels

Por Heverton Peixoto

Há algumas semanas, me deparei com uma frase que me fez refletir bastante sobre um ponto fundamental na atuação de um líder em sua companhia: “não espere o dia ser bom, seja bom nesse dia”. E meu ponto aqui não é ser coach inspiracional para outros líderes, mas sim destacar a Cultura do Bem nas empresas.

Como já deixei claro em outras ocasiões, sou um entusiasta da Cultura Organizacional como ferramenta de crescimento para as instituições. Acredito que é preciso entender a fundo seus objetivos para conseguir avançar algumas casas nesse tabuleiro e fortalecer a empatia e o propósito que tanto falamos no nosso dia a dia.

Afinal de contas, navegar sozinho leva a lugar nenhum. O esforço solo para remar vai, no final das contas, minar todas as suas forças. Somente com um time engajado, com pessoas do bem, que acreditem nos ideais da companhia e que estejam dispostas a remar junto é que nós conseguimos avançar.

Desde a contratação assertiva até os treinamentos regulares e a troca de feedbacks: é muito importante para esta engrenagem ter pessoas de bom caráter, altruístas, dispostas e disponíveis a discutir novas ideias. Gente que problematiza menos e procura não remoer dificuldades. Seres humanos que contaminam os demais com uma energia do bem.

É aqui que entro em um ponto fundamental deste tema: o capitalismo. A ideia de que uma empresa deve se tornar uma destruidora de concorrentes, lutar sempre por mais capital e montar uma linha de produção em que ninguém pensa está totalmente ultrapassada.

Hoje é preciso trabalhar com o capitalismo consciente. Este movimento, que também agrega a Cultura do Bem, objetiva a construção de empresas mais humanizadas, a partir de um propósito maior, com estratégia de valor compartilhada e liderança consciente.

Uma Cultura Organizacional que tenha, entre seus atributos, a valorização de postura dos colaboradores, busca por resultados de alta performance e extrair o que há de melhor nos times.

Entre os pilares desse movimento, temos:

  1. Valorização dos stakeholders
  2. Liderança empática
  3. Cultura Organizacional forte
  4. Propósito bem definido
  5. Compartilhamento de valor

O grande objetivo aqui é demonstrar que quando trabalhamos o capitalismo consciente e a Cultura do Bem, conseguimos fazer com que os seres humanos sejam mais…humanos.

Não é difícil encontrar exemplos no nosso cotidiano. Tudo isso pode ser representado por aquele líder que está aberto a feedbacks, aquele RH que pensa em ações para valorizar e incentivar funcionários, seja por meio de palestras, cursos, oferta de benefícios ou outras atividades, ou até aquele espaço para que o colaborador possa indicar temas bacanas a serem trabalhados no dia a dia ou na Cultura Organizacional da empresa.

Aqui entra, também, a diversidade. Não só como um termo que identifique maior abertura para públicos minorizados na companhia, mas uma diversidade que abranja ideias. Uma entrada para inovação, propósito e empatia nas empresas.

Quais as palavras que surgem à minha mente enquanto falamos sobre isso? Sustentabilidade. Estabilidade. Resultados. É tudo o que queremos e para o que trabalhamos, afinal de contas, não é?

Vamos juntos construir um mercado de trabalho com ética, transparência, que gere evolução e valor para todos nós?

*Colaborou Carol Bento (Partner Diretora de Gente e Cultura da Wiz)

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