Cultura do Bem: uma forma de praticar o capitalismo consciente
Por Heverton Peixoto
Há algumas semanas, me deparei com uma frase que me fez refletir bastante sobre um ponto fundamental na atuação de um líder em sua companhia: “não espere o dia ser bom, seja bom nesse dia”. E meu ponto aqui não é ser coach inspiracional para outros líderes, mas sim destacar a Cultura do Bem nas empresas.
Como já deixei claro em outras ocasiões, sou um entusiasta da Cultura Organizacional como ferramenta de crescimento para as instituições. Acredito que é preciso entender a fundo seus objetivos para conseguir avançar algumas casas nesse tabuleiro e fortalecer a empatia e o propósito que tanto falamos no nosso dia a dia.
Afinal de contas, navegar sozinho leva a lugar nenhum. O esforço solo para remar vai, no final das contas, minar todas as suas forças. Somente com um time engajado, com pessoas do bem, que acreditem nos ideais da companhia e que estejam dispostas a remar junto é que nós conseguimos avançar.
Desde a contratação assertiva até os treinamentos regulares e a troca de feedbacks: é muito importante para esta engrenagem ter pessoas de bom caráter, altruístas, dispostas e disponíveis a discutir novas ideias. Gente que problematiza menos e procura não remoer dificuldades. Seres humanos que contaminam os demais com uma energia do bem.
É aqui que entro em um ponto fundamental deste tema: o capitalismo. A ideia de que uma empresa deve se tornar uma destruidora de concorrentes, lutar sempre por mais capital e montar uma linha de produção em que ninguém pensa está totalmente ultrapassada.
Hoje é preciso trabalhar com o capitalismo consciente. Este movimento, que também agrega a Cultura do Bem, objetiva a construção de empresas mais humanizadas, a partir de um propósito maior, com estratégia de valor compartilhada e liderança consciente.
Uma Cultura Organizacional que tenha, entre seus atributos, a valorização de postura dos colaboradores, busca por resultados de alta performance e extrair o que há de melhor nos times.
Entre os pilares desse movimento, temos:
- Valorização dos stakeholders
- Liderança empática
- Cultura Organizacional forte
- Propósito bem definido
- Compartilhamento de valor
O grande objetivo aqui é demonstrar que quando trabalhamos o capitalismo consciente e a Cultura do Bem, conseguimos fazer com que os seres humanos sejam mais…humanos.
Não é difícil encontrar exemplos no nosso cotidiano. Tudo isso pode ser representado por aquele líder que está aberto a feedbacks, aquele RH que pensa em ações para valorizar e incentivar funcionários, seja por meio de palestras, cursos, oferta de benefícios ou outras atividades, ou até aquele espaço para que o colaborador possa indicar temas bacanas a serem trabalhados no dia a dia ou na Cultura Organizacional da empresa.
Aqui entra, também, a diversidade. Não só como um termo que identifique maior abertura para públicos minorizados na companhia, mas uma diversidade que abranja ideias. Uma entrada para inovação, propósito e empatia nas empresas.
Quais as palavras que surgem à minha mente enquanto falamos sobre isso? Sustentabilidade. Estabilidade. Resultados. É tudo o que queremos e para o que trabalhamos, afinal de contas, não é?
Vamos juntos construir um mercado de trabalho com ética, transparência, que gere evolução e valor para todos nós?
*Colaborou Carol Bento (Partner Diretora de Gente e Cultura da Wiz)