Giullia Dance, coreógrafa e professora de dança (Foto: Arquivo Pessoal/Giullia Dance)

Nos últimos dois anos, a dança passou a fazer parte da rotina de muitas pessoas. Isso porque, durante o período de isolamento na pandemia, se movimentar acalmava a ansiedade, os medos e melhorava a autoestima e o bem-estar emocional – e continua sendo assim. Afinal, a dança também é uma atividade terapêutica.

Durante o isolamento, a paraibana Giullia Dance, professora de dança e criadora de conteúdo digital, precisou repensar a forma de dar aula. Mesmo enfrentando muitas dificuldades e desafios, ela viu a procura pelas aulas remotas aumentar nesse período. “Eu tive a oportunidade de dar aula pra pessoas de outros estados, do interior e também de fora do país. Tive alunas da França e dos Estados Unidos”, contou.

Uma das alunas de Giullia na pandemia foi a fisioterapeuta Ana Luiza Barreto, de 29 anos. Ela, que é moradora de Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba, começou a dançar com as aulas remotas em casa. “Em meio de tanta ansiedade, por ficar muito tempo em casa, foi o que me manteve estável e bem por esse período”, explicou ela.

No isolamento, dançar também foi uma alternativa encontrada por Sandra da Costa, de 41 anos, para aliviar o cansaço da rotina de trabalho e estudo. “Eu comecei porque eu estava  realmente precisando fazer algo que eu gostasse, que me desse prazer, alegria.  E a dança traz um relaxamento”, disse a agente de Saúde. “A gente esquece dos problemas quando tá dançando”.

Quem dança seus males espanta

Além de ser uma atividade física, com diversos benefícios para o corpo, a dança também é uma grande aliada da saúde mental. E por isso foi tão importante na pandemia. Alguns dos efeitos positivos que ela proporciona são: a sensação de alívio, relaxamento e bem-estar.

“Eu lido com a dança com uma atividade que gera prazer, desenvolve sua autoestima, diminui a caga de estresse”, disse Giullia. “Muitas vezes as minhas alunas me relatam rotinas estressantes do trabalho, dentro da própria casa, com o cuidados dos filhos, cuidado com si mesma. Então aquele momento da aula pode ser o que você está precisando pra extravasar, fazer novas amizades”, completou.

Para Sandra, dançar ajuda a cuidar da mente. “Porque naquela hora que a gente tá ali dançando, pelo menos eu, esqueço de tudo. Só danço, me divirto e relaxo. É muito bom”, afirmou. “A dança é tão contagiante, sabe?! Toma conta do seu corpo e da sua mente. Quando a gente termina a aula, já sai mais aliviada. A dança é uma terapia”.

Ana Luiza também compartilha da mesma sensação. Ao T5, ela garantiu: “É onde realmente eu relaxo, entrego tudo de mim e renovo toda a minha energia. É onde eu me conecto comigo mesma e consigo expor todas as minhas emoções, consigo manter um equilíbrio tanto corporal quanto emocional”.

“Acredito mesmo que a dança nos leva a lugares surpreendentes, e que nos proporcionam bem-estar e nos traz uma paz interior muito grande”, completou a fisioterapeuta.

Foto: Arquivo Pessoal/Ana Luiza Barreto

Desde que começou a praticar a dança, há mais de um ano, Sandra disse que vem percebendo melhorias no dia a dia. Ela contou como a prática foi um diferencial na rotina de trabalho e estudos: “Eu notei que a minha concentração e criatividade melhoraram para fazer as coisas no meu trabalho e na universidade. Sinto mais disposição, a musculatura também fortaleceu e já perdi um pouco de peso”.

Pela experiência pessoal e profissional, Giullia tem certeza: “A dança torna a vida mais feliz”.

MuDANÇA de vida

Através da dança como uma atividade profissional, Giullia, de 26 anos, realizou um dos sonhos: ser autora de uma coreografia do grupo É O Tchan.

É que ela venceu um concurso promovido por uma rede social de criação e compartilhamento de vídeos. O desafio era montar uma coreografia para a nova música do grupo, a “Encaixadinha”.

Após ser selecionada, Giullia viajou para Salvador, na Bahia, para gravar o novo clipe com o grupo musical. “Foi surreal. Incrível, incrível”, contou ela.

“A dança representa pra mim o meu propósito, eu vi que ela realmente poderia mudar a minha vida e mudou de fato. E quando eu comecei a trabalhar com a dança eu quis transmitir para as outras pessoas. Hoje, quero que outras pessoas sejam felizes através da dança, assim como eu sou”, finalizou ela.

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