Decoradora acusada de calote diz que teve problemas de saúde e que vai entrar com ação de insolvência civil
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Vìtimas de calote de decoradora de festas procuraram a polícia, em João Pessoa — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
A defesa da decoradora de festas que foi acusada de dar calote em quase 80 clientes, em João Pessoa, divulgou, nesta sexta-feira (27), uma nota de esclarecimento sobre a situação. A nota informa que a mulher teve um problema de saúde e que ficou impossibilitada de trabalhar. O comunicado diz também que ela deve entrar com uma ação de insolvência civil, que é quando uma pessoa física possui mais dívidas do que capacidade de pagamento.
Este era o receio das 79 clientes que foram até a Central de Polícia, nesta terça-feira (24). O grupo temia que a decoradora alegasse falência, impossibilitando assim o ressarcimento do dinheiro.
A defesa relata que a decoradora estava enfrentando um quadro de depressão e que, no dia 21 de maio, teve uma crise de pânico e um desmaio.
“Começou a ter problemas de saúde, desmaios constantes, falta de apetite, sangramentos profundos, levando a perder mais de quinze quilos em curto período (…). Portanto, no dia 21/05/2022 teve um desmaio e uma crise de pânico enquanto trabalhava, havendo de cancelar todas as festas dali em diante, o que gerou uma revolta legítima dos clientes”.
Conforme a defesa, o intuito da mulher era entrar em contato individualmente com cada cliente. A exposição, no entanto, fez com que ela e as filhas recebessem ameaças. O comunicado diz também que a decoradora “lamenta profundamente o ocorrido e pede sincero perdão a todos os seus clientes, fornecedores e amigos”.
Entenda o caso
Os clientes se queixaram que, após firmar compromisso com vários clientes, a decoradora sumiu e apagou as redes sociais, alegando em uma publicação que teve problemas de saúde e que não conseguiria cumprir com os contratos. Então, um grupo formado por 79 pessoas foi até a Central de Polícia fazer uma denúncia.
Conforme o delegado Aneilton Castro, a Delegacia de Defraudações e Falsificacões da Capital só registra golpes acima de vinte salários mínimos, então, as vítimas foram orientadas a procurar as delegacias distritais para dar entrada nos processos criminais.
O delegado de defraudações também orientou as quase 80 vítimas que foram lesadas a procurar o ressarcimento na Justiça.