Deolane é dispensada de depor e CPI aprova quebra de sigilo da influenciadora
A CPI da Manipulação de Jogos, do Senado Federal, aprovou na terça-feira (29) um pedido de quebra dos sigilos fiscal e bancário da advogada e influenciadora Deolane Bezerra.
Ela iria depor à comissão nesta mesma reunião, mas foi dispensada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O magistrado atendeu a um pedido da defesa da influenciadora e retirou a obrigatoriedade do depoimento. Na decisão, Mendonça citou o direito à não autoincriminação de um investigado.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Jorge Kajuru (PSB-GO), protestou devido à ausência de Deolane e do outro convocado a prestar esclarecimentos, o dono da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho. Ele também foi liberado de depor pela Justiça.
“Quem não deve não teme, e quem não comparece é porque sabe que está envolvido até o pescoço. É o caso dessa Deolane”, disse o senador.
- A advogada e influenciadora é investigada na Operação Integration, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Ele chegou a ser presa, mas foi solta no mês passado.
O pedido de quebra de sigilo da contas bancárias de Deolane, apresentado por Kajuru, menciona as seguintes acusações contra a influenciadora, segundo trechos do inquérito:
- “dissimular a origem dos bens e valores provenientes do jogo do bicho e de azar da Banca Caminhos da Sorte e da HSF Entretenimento e Promoção, ao comprar por meio de sua empresa Bezerra Publicidade, por R$3.400.000,00 no dia 02/10/2023, uma Lamborghini urus Performante”;
- “dissimular a natureza dos valores provenientes dos jogos ilegais da HSF Entretenimento Promoção de Eventos, ao receber R$3.230.000,00 da sua empresa Bezerra Publicidade entre os dias 07/11/2022 a 10/05/2023”;
- “ocultar ou dissimular valores provenientes da lavagem de capitais, ao receber da Bezerra Publicidade, R$1.450.000,00 em 06 PIX, entre os dias 28/01/2024 e 13/03/2024”.