Ditador de Belarus manda militares para fronteira com a Ucrânia
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Aleksandr Lukashenko e Vladimir Putin. Foto: Mikhail Klimentyev\TASS via Getty Images
Belarus anunciou que enviará tropas de operações especiais para três áreas de fronteira com a Ucrânia. Segundo o país, essa é uma resposta à “ameaça crescente” dos Estados Unidos e de seus aliados.
O ditador bielorrusso, Alexander Lukashenko, afirmou que o líder russo, Vladimir Putin, concordou em ajudar o país a produzir mísseis.
Nesta terça-feira (10/5), o chefe do Estado-Maior da Bielorrússia, Viktor Gulevich, acusou os Estados Unidos e seus aliados de aumentarem a presença militar nas fronteiras da Bielorrússia.
“A presença dessa força mais que dobrou nos últimos seis meses. Testemunhamos uma crescente ameaça à República da Bielorrússia”, pontuou.
A Bielorrússia também está implantando unidades de defesa aérea, artilharia e mísseis para exercícios no oeste do país.
Lukashenko, segundo informações da agência de notícias estatal Belta, defende a importância de ter tropas com armas e suprimentos modernos e altamente eficazes.
Ele disse que o exército bielorrusso está pronto para o combate e será capaz de “infligir danos inaceitáveis ao inimigo” em caso de agressão externa.
“Não estou insinuando nada, mas quero que todos entendam o alcance das armas que temos”, salientou.
O território de Belarus foi usado pela Rússia como um dos pontos de partida para o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro. Também serviu, sem sucesso, como ponto de encontro para negociações de cessar-fogo entre Kiev e Moscou.
A guerra chega nesta terça ao 76º dia. Rússia e Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky.