Na ocasião, o empresário chegou a ser capturado pela polícia daquele país, em uma operação que contou com auxílio da Interpol e da Polícia Federal (PF) brasileira, mas pagou fiança e acabou liberado. Em seguida, ele se refugiou em um hotel com spa, piscina, sete restaurantes e diárias de até R$ 22 mil.
Brennand ficou mais de seis meses foragido, até ter a extradição autorizada pelo governo dos Emirados Árabes, na quarta-feira (26/4). Algemado e sob forte escolta policial, o empresário desembarcou no Brasil na noite de sábado (29/4), dormiu na carceragem da PF em São Paulo e foi levado para o CDP 1 de Pinheiros no domingo (30/4).
Cadeia em bairro de classe média alta
Em audiência de custódia, o juiz Orlando Gonçalves de Castro Neto, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), confirmou a prisão preventiva de Brennand. Ele deu entrada no CDP 1 de Pinheiros, bairro de classe média alta da capital paulista, por volta do meio-dia.
Com bloqueador de celular e detector de metais na entrada, a cadeia é destinada a detentos acusados de crimes sexuais. Ela faz parte de um complexo prisional formado por quatro CDPs, ao todo, com capacidade para mais de 2 mil presos.
O pavilhão em que o empresário está recolhido foi projetado para receber até 521 presos. Hoje, no entanto, a unidade abriga 782 pessoas, de acordo com relatório mais recente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), datado de março de 2023.